Sempre em cima do acontecimento…

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Nota editorial

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Andorinha Sem Asa

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                            Na edição de vinte e quatro de Março do ano corrente a Andorinha pulicou em notícia que uma sua correspondente em Moscovo havia informado que, de fonte médica seguríssima, lhe havia sido facultada a certeza de que ao ditador russo Vladimir Putin havia sido diagnosticado um cancro. E por aqui ficámos. Pacientemente aguardando o desenvolvimento da doença.

                               Com grande surpresa nossa fomos surpreendidos no passado dia treze por tudo quanto é Comunicação Social (Imprensa Rádio Televisão) que os Serviços Secretos da Ucrânia (Українські таємні слуги) haviam descoberto que … Vladimir Putin … estava a sofrer dum cancro…
Na continuidade da notícia avançava-se estar a esboçar-se nas altas esferas moscovitas um movimento subterrâneo para se levar a cabo um golpe de Estado para apear Putin com o mínimo de sangue possível para no seguimento desta acção se encontrar a melhor forma de se pôr termo a uma guerra que está deixar a Economia da Federação Russa de rastos gerando-se entre a população uma revolta larvar devido a uma inflação que não para de crescer condenando-a a uma contínua 
e imparável degradação do seu já de si baixo nível de vida.

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Por dificuldades de comunicação não nos foi possível confirmar junto do nosso contacto em Moscovo sobre a veracidade do panorama acima exposto pelo que nos limitamos a deixar ao Leitor a certeza que não abandonaremos o assunto esperando que os Serviços Secretos da Ucrânia avancem com uma mais detalhada exposição da realidade da turbulência social em gestação na Federação Russa. Mais, de momento, mesmo que queiramos, não nos é possível entrar pelo duvidoso mundo da especulação gratuita que está fora da nossa dinâmica de luta contínua por um Jornalismo cem por cento respeitador da verdade dos factos nunca nos dando ao trabalho duma especulação avulsa que, é dos livros, acaba sempre num vergonho rosário de mentiras e pedidos de desculpas.
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Andorinha Sem Asa

Porcos, Feios e Maus

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por Christine Charpentier de Castro

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                   O título do artigo de hoje brotou espontaneamente quando no Telejornal das oito ouvi a camarada comunista Paula Santos informar que o Partido Comunista dito Português não iria assistir ao discurso do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky por ipsis verbis ele ser “alguém que personifica poder xenófobo e belicista”…

A gente ouve e nem acredita. A ser verdade esta despudorada afirmação automaticamente pensamos como é que é possível crismar Zelensky de “belicista” se o pobre coitado é que, sem a mínima provocação ucraniana, viu o seu democrático país invadido pelo Exército da Federação Russa um país que é público e notório ser uma descarada ditadura onde as mais básicas liberdades são negadas e vigora um duro e férreo regime policial que controla a cem por cento a Comunicação Social (Imprensa, Rádio, Televisão) de modo a que toda a população seja intoxicada com uma cartilha oficial que “endeuse” o sanguinário e psiquiatricamente doente ditador Putin.

PRIMEIRA  PERGUNTA

 Diga-me, por favor, Kamarada Paula Santos se foi o “belicista” Volodymyr Zelensky quem provocou primeiro em Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia, uma sangrenta chacina entre a população civil (de que existem imagens gravadas) usando, de acordo com a organização internacional “Human Rights Watch” bombas de fragmentação e, em seguida, com o mesmo tipo de material bélico internacionalmente condenado, atingiu o Hospital de Vuhledar na região de Donestk matando civis provocando feridos?

Para quem não sabe estes mísseis são carregados com centenas de “mini-bombas” que se espalham e explodem no ar destruindo a vida em áreas muito maiores que os provocados pelos mísseis tradicionais.

                   Convém realçar, Kamarada Paula Santos, que não foi o “xenófobo” presidente da Ucrânia Volodymyr Zelensky quem ordenou o uso das mortíferas assassinas armas termobáricas (mais conhecidas por “bombas de vácuo”) que sugam oxigênio do ar circundante para gerar uma explosão de alta temperatura, crime amplamente condenado por várias Organizações de Direitos Humanos.

SEGUNDA  PERGUNTA

Diga-me, por favor, Kamarada Paula Santos se foi o “belicista” Volodymyr Zelensky quem ordenou aos Serviços Secretos Russos (Служба Внешней Разведки) que assassinassem Alexei Navalny, o chefe do mais importante Movimento Político que na Rússia mantem activa uma forte Oposição ao tresloucado déspota Putin? Julgo que não…

Navalny só não morreu porque a família o conseguiu transportar rapidamente de avião para a Alemanha tendo sido internado de urgência no conceituado Hospital Charité em Berlim onde uma bateria de exames toxicológicos levados a cabo por vários laboratórios independentes confirmou que, sem a mais pequena sombra de dúvida, o doente fora vítima dum envenenamento criminoso com um veneno só produzido e usado pelo Exército da Federação Russa.

Regressado a Moscovo foi imediatamente preso e condenado a nove anos em cadeia por fraude (?) e falta e respeito a um magistrado (!) de acordo com a sentença proferida pela juíza Margarita Kotova.

TERCEIRA  PERGUNTA

Foto: wwwdn.pt

Diga-me, por favor, Kamarada Paula Santos se foi o “nazi” Volodymyr Zelensky quem, infringindo todas as leis internacionais reguladoras de teatros de guerra assassinou mais de trezentos habitantes de Bucha, cidade mártir onde foram descobertos cadáveres de famílias inteiras com as mãos amarradas atrás das costas evidenciando terem sido previamente torturados tais como mulheres a quem, depois de violadas e antes de as fuzilar, cortaram os dois seios com uma inenarrável brutalidade fruto duma soldadesca ébria, sedenta de sangue e buscando prazer no atroz sofrimento de seres humanos civis que nada tinham a ver com um conflito em que, sem qualquer justificada dúvida, nenhuma culpa lhes pode ser assacada.

Foto: http://www.aventurasnahistoria.uol.com.br

Diga-me, por favor, товарищ (Kamarada) Paula Santos se foi o presidente Volodymyr Zelensky quem desterrou milhões de opositores políticos para o GOULAG (estalinista versão soviética do famigerado Campo de Concentração Nazi Auschwitz-Birkenau) propositadamente situado na Sibéria para que a fome e as temperaturas de 36,5 graus negativos substituíssem os tradicionais fuzilamentos porque o frio do Ártico é grátis e as balas para as carabinas custavam dinheiro. Ainda não compreendeu, cara товарищ, que a sua chatérrima charla nos telejornais nem chega a ser ofensiva porque até já faz rir, porque os portugueses, excluindo os fanáticos que trazem no bolso o cartão do seu partido, já ouviram até à saturação e perda da paciência, a cassete do pálálá-trálálá marxista-leninista que do intelectual Álvaro Cunhal ao avôzinho Jerónimo de Sousa está tal e qual como há cem anos sem uma vírgula mudada ou alguma frase corrigida. É dose Paulinha…

QUINTA  PERGUNTA

Foto: http://www.jornalde negocios.pt

Augusto Santos Silva, ex-ministro dos Negócios Estrangeiros e actualmente segunda figura de Estado como presidente da Assembleia da República foi uma inesperada e agradável revelação ao comentar o discurso do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky para os políticos em particular e para toda a nação em geral porque Santos Silva, saindo da vulgaríssima bitola de ser apenas e só um sócio da empresa “Negócios & Favores aos Amigos” também conhecida como Partido Socialista, se guindou (sem exageros nem louvaminhices) na articulação das ideias, no concatenamento das frases, na limpidez do estilo ao nível dum Padre António Vieira, dum António Granjo ou mesmo dum Almeida Garret. Concorda, kamarada Paula Santos, ou gosta mais das charlas do Jerónimo sempre com cara de zangado e punho no ar a ameaçar a … Humanidade?…

Senhor duma segurança oratória notável, alicerçada num profundo conhecimento dos princípios básicos da Filosofia, a intervenção de Santos Silva atenuou o asco vomitante da charla rasca q.b. do ancião Jerónimo eterno paladino e defensor dum Comunismo que foi rejeitado por uma esmagadora maioria de países continuando apenas em três com evoluções e experiências diferentes. A China, a maior fábrica de objetos do Mundo, já só segue a cartilha marxista-leninista no tocante à estrutura do Estado já que na vertente económica (seguindo o célebre conselho de Deng Xiao Ping: (“Não importa a cor do gato, contanto que ele cace o rato”) ou seja não é a ideologia que cria riqueza, mas sim a Iniciativa Privada que é o real motor do progresso e do bem-estar do povo.

A revolução surda e subterrânea a desenvolver-se no Vietnam, (embora inicialmente tímida) preconiza a semente donde com o tempo nascerá uma flor. Resta-nos a Coreia do Norte com megalómanos sonhos de mísseis nucleares alimentados por fomes provincianamente pontuais, mas que como um vírus, a seu tempo acabará em revoltas com maior ou menor derramamento de sangue. Percebeu ou quer que lhe faça um boneco?…

SEXTA  PERGUNTA

Foto: http://www.funchalnoticias.net

Paulinha Santos, membro importante na Soeiro Pereira Gomes, não concorda que a expressão de espumoso ódio violento estampada no rosto do seu kamarada secretário-geral, Jerónimo o Idoso, espelha uma doentia raiva incontida e de punho fechado contra quem não concorda com a Bíblia Política de que ele é o Papa duma religião laica, opressora e antítese da natureza humana? Gosta de ter um homem deste baixo calibre intelectual, de boca retorcida, como general dum exército inspirado no lado mais negro da Humanidade numa terra daninha que gerou os Hitlers, os Estalines, os Pol Pots, os Ceausescus, os Idi Amins, os Mao Tsé-Tungs, os Pinochets, os Mobutos e outra assacanada malandragem do mesmo estilo e bitola?

Não lhe causou engulhos, dúvidas, envinagrados estados de alma, ver que todo o hemiciclo (até com o Bloco de Esquerda a aplaudir !!!!!!!!!!!) estava coeso e decidido desprezando os lugares vazios do PC que demonstrou à evidência que está do lado do agressor, a Federação Russa governada por um frustrado minorca baixote que usa sapatos de sola grossa e tacões de dois centímetros e meio para fingir que é mais alto? Não sente um milímetro de asco que seja por alinhar com um tiranete raivoso que em vez de governar devia estar internado a fazer um tratamento psiquiátrico para a evidente louca monomania de que sofre?

PRIMEIRA  CONCLUSÃO

No Vale do Ave onde moro e o meu marido dirige uma fábrica de têxteis com cento e trinta empregados vinte e dois deles, os únicos comunistas que naquela empresa capitalista ganham o pão de cada dia, ficaram tão enojados com a forma imbecilmente indecorosa como o PCP se portou no tocante ao discurso do presidente Zelensky quem em público, no refeitório, rasgaram o cartão do partido e, com visível raiva, atiraram os pedaços para o caixote do lixo. Perguntemos a nós mesmos: quantos mais terão feito o mesmo por esse país fora?

SEGUNDA  CONCLUSÃO

O meu neto António, um jovem de vinte e três lindas Primavera, que se licenciou na Universidade de Manchester em Ciência Política e Relações Internacionais com a nota final de curso de “First Class – With Honors” (Primeira Classe – Com Honras) classificação precisamente igual conquistada aquando do Mestrado na Universidade de Cambridge tem uma definição do Comunismo que apenas com sete palavras diz tudo.

Devo explicar sem exageros nem vaidades de vóvó babada que o apêndice “With Honors” é um valor acrescentado que só é concedido um em cada cinco mil teses apresentadas e é um passaporte que abre todos as portas académicas. Se as duas universidades consideradas as melhores do Mundo (Oxford e Cambridge) chegam a levar seis meses para responderem aos milhares de concorrentes que as pretendem frequentar no caso destes serem do calibre “With Honors” em apenas duas semanas têm a porta aberta e convite para entrar. Mas “acabados os entretantos passemos aos finalmentes” como dizia o coronel Ramiro no inesquecível livro “Gabriela Cravo e Canela” do grande escritor baiano Jorge Amado

Na perspectiva do António a frase de sete palavras que definem os Jerónimos e as Paulas que de punho erguido andam por aí de Festa do Avante em Festa do Avante são:

O Comunismo não é um partido, é uma religião”

Concordo, aplaudo e assino por baixo

ÚLTIMA  CONCLUSÃO

Velhos são os trapos e de olhar para a frente encaro os meus noventa e um anos relembrando um passado onde no jardim da vida me foram oferecidas as mais belas flores. Uma delas foi precisamente uma semana que passei em Cambridge visitando duas amigas que por lá se estavam a licenciar. Por um acaso mágico alguém (esqueci o nome da personagem) nos apresentou Bertrand Russel um dos maiores intelectuais do passado. E entre um chá e scones vindo à baila a União Soviética ele avançou uma frase que, anos depois, plasmou num dos seus muitos e importantes livros:

“Os comunistas não amam os pobres, apenas odeiam os ricos”

Depois disto tudo me parece que o título do artigo adaptado dum filme de 1976 da Idade de Ouro do Cinema Italiano “Brutti, Sporchi e Cattive” realizado pelo Ettore Scola está mais do que adequado e plenamente se justifica. Nem uma vírgula é necessário mudar…

Rever o Passado. Sonhar o Futuro

por Ana Alves Aroeiro
FOTO: Google Images – http://www.dn.pt

                Rever o passado é mergulhar numa rapsódia de memórias nascidas de momentos-chave que nos marcaram para sempre. Momentos bons. Momentos maus. Momentos assim-assim, nem carne nem peixe. Democracias dum lado. Ditaduras do outro. Destas a revolução russa de 1917 que colocou um fim à monarquia Romanov assentou a sua acção transformadora duma Rússia rural, atrasada e injusta nos dois princípios de acção sintetizados por Lenine que davam prioridade absoluta à electrificação e ao poder do partido dos sovietes. A ditadura comunista, aliás como todas as ditaduras, gerou situações boas de braço dado com situações más, nalguns casos péssimas. Estender a electricidade a todo o território permitiu uma industrialização acelerada que, em poucas décadas, permitiu ao povo usufruir de bens que, do automóvel aos utensílios domésticos colocou os russos a par dos habitantes de países do resto da Europa. No entanto, para se ter conseguido atingir este grau de conforto, muitas lágrimas choraram milhões de mortos pela tragédia que foram os longos anos duma das maiores fomes que ceifaram milhões de inocentes vítimas. Como diz o povo na sua congénita sabedoria “não há bela sem senão”.

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                Se o regime soviético se excedeu em crueldade os nazis sob o comando dum criminoso louco com paranoia agravada, Adolfo Hitler, não ficaram atrás com os seus seis milhões de judeus assassinados nos fornos crematórios do amaldiçoado Campo de Concentração de Auschwitz. Se os primeiros actuaram por motivos essencialmente políticos os nazis “justificavam” a bestialidade das suas acções sob o argumento de estarem a proteger a pureza da sua raça ariana. No entanto…

No entanto, em paralelo com sangrentos milhares de assassinatos diários, recuperaram o valor da moeda que praticamente nem valia o valor do papel  que o dinheiro era impresso. Tal permitiu estancar o caos e restabelecer uma Economia dinâmica e robusta que deu ao marco um elevado valor nas trocas comerciais.

Ao mesmo tempo o Nazismo lançou um modelo de automóvel de preço acessível à classe trabalhadora (Volkswagen. o Carro do Povo) bem como em 1933 “A Força pela Alegria” (Kraft durch Freude)  uma organização estatal que oferecia a todos os trabalhadores alemães férias quer em verdejantes campos de repouso quer em cruzeiros marítimos na sua frota de paquetes desta entidade estatal que, na época, foi considerada a maior operadora de viagens do Mundo.

Tudo na vida tem um fim.

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                A União Soviética que parecia de pedra e cal acabou por falecer sem honra nem glória no dia 26 de Dezembro de 1991 tendo o presidente Mikhail Gorbachev apresentado a sua demissão ao mesmo tempo que o império comunista se esfarelava por um conjunto de novos estados saídos das várias repúblicas da era de Stalin.

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                Adolfo Hitler acoitado no bunker de Berlim ao pressentir uma inadiável derrota e com os soldados do Exército Soviético cada vez mais perto do seu esconderijo decidiu suicidar-se não só pela situação em que se encontrava, mas mais por um relatório dos Serviços Secretos que informava ser intenção de Estaline de o colocar numa jaula e passeá-lo por toda a Europa quando a vitória final tivesse sido alcançada.

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                Sem princípio nem fim o Mundo não para e em cada volta que dá modifica a vida de todos quantos nele vivem. O passado foi o que foi. Brilhante para uns. Opaco para outros. Mas duma certa maneira não andaremos longe da verdade se a afirmarmos que um progresso colectivo é inquestionável: na maior parte de planeta (já com raras excepções) as ditaduras desapareceram e as democracias nasceram como flores amparadas por chuvas regeneradoras. Olhemos para o espelho mágico da nossa vida comum. A geração nascida depois do 25 de Abril não tem a mínima ideia de como era a vida dos seus pais e avós.

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                De dedo espetado como todos os ditadores Salazar manteve uma ditadura jesuítica-rural-míope-tacanha e desumana que controlava o quotidiano de todos os portugueses. Se, num imperioso exercício mental, nos dermos ao trabalho de comparar o Portugal do 25 de Abril com o País Salazarento constataremos que os alicerces de base do Estado Novo se baseiam num conjunto de princípios para dominar a sociedade (e por arrastamento a Nação) tais como a exaltação de que o líder está sempre certo nas suas tomadas de decisão, a limitação de toda a actividade política restringida a um único partido (a União Nacional) que glorificava o Chefe organizando manifestações “populares” com milhares de pessoas trazidas dos arredores para o Terreiro do Paço, uma brutal repressão exercida por uma polícia política (PIDE) com estruturas operacionais montadas por técnicos alemães da Gestapo, a criação da Mocidade Portuguesa (de inscrição obrigatória entre os sete e os catorze anos) para “formatar” a juventude dentro dos parâmetros da doutrina patriótico-nacionalista da cartilha oficial do regime, uma rígida Censura a todos os meios de comunicação social (Imprensa, Rádio, Televisão) castrando toda e qualquer forma de livre Pensamento

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                Um simples beijo em público dum casal de namorados era punido por lei com multas pesadas e, por vezes, até com prisão. Esse simples acto de amor era legalmente classificado como “atentado ao pudor e aos bons costumes”. Uma perseguição sistemática era mantida contra os homossexuais e lésbicas considerados pelo Salazarismo como “degenerados ou débeis mentais”.

Tudo visto e respigado é lícito concluirmos que, quer no país quer no Mundo, as poucas ditaduras ainda existentes têm a vida contada uma vez que país a país, continente a continente as democracias estão cada vez mais robustas e a implantação duma União Europeia foi uma poderosa alavanca para se cimentar uma Liberdade onde cada ser humano viva sem grilhetas de qualquer natureza ou ordem.

Felizmente podemos Sonhar o Futuro…

O meu Amigo Joseph de Maistre

por Camila do Carmo e Castro

Imagem: http://www.aqueleaquele.com.br

                Todos nós, uns mais do que outros, temos a natural tendência para pensar que a última notícia da última página do jornal é algo de novo nunca acontecido desde os primórdios da Humanidade. Puro engano. Andando poucos séculos para trás (atenção que tudo é relativo) já Salomão coroado rei de Israel no ano 970 antes de Cristo nos deu, como uma flor da sua imensa Sabedoria, o ensinamento que “nil novi sub sole” ou seja, traduzindo em patacos, para quem não é versado em latinório, que “nada de novo acontece debaixo do Sol. Estes princípios que teimosamente perduraram de pais para filhos e de avós para netos, primeiramente de viva voz por ainda se não haver descoberto uma coisa nova baptizada de “Escrita”, perderam a virgindade de serem imutáveis quando Einstein anunciou a Relatividade e, em 1955, o investigador americano Jonas Salk nos mimoseou com uma vacina contra esse doloroso flagelo que era a poliomielite.

FOTO: Google Images – http://www.avozdaserra.com.br

Já para não falarmos sobre o desembarque do Homem na Lua, a farmacêutica comezinha vulgaridade dos antibióticos ou na banalização da Televisão a cores. Poderíamos encher centenas e centenas (para não exorbitarmos para “milhares”…) de páginas a granel sobre a polémica demográfica da “Peste Grisalha” aquele nobre naipe de idosos que se “babaram” de pura admiração quando, na juventude que também tiveram, se embasbacaram com o aparecimento das canetas de tinta permanente que a todos nos libertaram de sermos obrigados a molhar o velho aparo da caneta num tinteiro depois de termos escrito cinco ou dez palavras mais ou menos compridas. Sem ser exagerada ou megalómana e, sobretudo, para não abusar da generosa paciência dos estimados Leitores, por bem entendo,aos sessenta e cinco anos de vida atribulada, desactivar o neurónio número de código 15102021 (olá colega Assunção Esteves, temos a mesma idade) para me desligar da vasta planície do passado para melhor pisar a tortuosavia do nosso presente. Eisíu…

FOTO: Google Images – http://www.taf.pt

                António Costa anda a caminhar sobre brasas. Arrastando os pés sobre Everests de escândalos. Nada a que não esteja habituado. Nada que não tenha também congeminado. Nada a que igualmente nos tenha coletivamente habituado. Somente que…

Somente que agora o Zé Trouxa Pagante, depois de catadupas de, como dizem os napolitanos, “imbrogliare” (vigarices) já anda com os dois olhos mais abertos e os ouvidos alertados para as incumpridas promessas de sempre. Costa na gíria lisboeta conhecido como o “Malabarista” deve ter sonhado que os ventos lhe corriam de feição para navegar à bolina e desfraldou as velas para rumar a direito para umas inesperadíssimas eleições que, pensava sua excelência, que tal como na saga do Ali Baba e os Quarenta Ladrões uma absolutérrima maioria lhe seria oferecida de bandeja para na santa paz de Krishna (deus da devoção) poder manobrar a “Bazuka” distribuindo os milhões de milhões como muito bem quisesse e a quem melhor entendesse. (os mesmos…)

Mas como entalar o Marcelo que não estava lá muito convencido a dançar ao som dessa já muito usada e abusada música socialista?

FOTO: Google Images – Marcos Borga – http://www.expressonline.3.setembro.2021

                Para o Costa não há montanhas intransponíveis. O que faz falta é driblar a malta. Nada como alavancar truques para mover serranias. Costa, o “Malabarista”, como vomitam as más línguas desse caldeirão de asneiras que são as crismadas “Redes Sociais” onde a par de gente honesta, culta e bem intencionada se acoitam os invejosos que não podem ver uma camisa lavada a alguém, os ressabiados de quociente de inteligência a roçar no zero e os milhares que não podem morder a língua para não morrerem envenenados.

Não foi na Faculdade de Direito que o Costa aprendeu a força da palavra “Niet” para esmagar quem quer que se lhe oponha. “Alembrou-se” que ela era a trave-mestra para em qualquer discussão rapidamente dominar quem ousasse opor-se aos seus políticos delírios. Se bem pensou melhor o fez. Bastava a Catarina (não da Rússia, mas do Bloco de Esquerda) insinuar que só o apoiaria se ele cedesse nisto ou naquilo para o Costa a bombardear com Niet, Niet, Niet, até às minhocas nascerem dentes.

A mesmíssima receita foi aplicada ao paleolítico Jerónimo saudoso desse democrata santo de pau carunchoso que foi o kamarada Estaline que nas reuniões mal algum kamarada pedia para falar e mal abria a boca recebia um metralhar de Niets, Niets, Niets que o levavam ao desespero e a ranger os dentes.

Como o “Mágico” suspirava desesperadamentea morte do Orçamento (kaput, kaput, kaput) não por culpa do Costa (tadinho dele, pobre inocente) mas dessa corja miserável do PC mailas Katarinas Bloquistas que não se submeteram ao “Mágico” das indrominices. E a procissão da Nossa Senhora da Asneira continua porque…

Não há festa nem dança sem Dona Constança…

FOTO: Google Images – http://www.noticiasaominuto.com

                   Pasmemos, irmãos! O automóvel em que seguia o controversíssimo Cabrita atropelou no dia 18 de Junho passado um trabalhador ocupado na manutenção da A6.

Pasmemos, irmãos! O acidente (ou crime?) deu-se no dia 18 de Junho, atenção gentes, estou a escrever na noite de catorze de Novembro e da parte do inclassificável ministro ainda ninguém ouviu:

01 A que velocidade ia o carro se bem que o BMW registe         electronicamente esse dado…

02   Quem é o responsável por esse assassinato até agora 100% impune?

03   A família do falecido já foi indemnizada pelo atropelamento?

O manto nebuloso da hipocrisia cobre a nudez da inJustiça tudo como dantes quartel-general em Abrantes. Porca miséria. Ficamos por aqui? Era bom, era…

FOTO: Google Images – http://www.expresso.com

São lindos os diamantes, são das coisas mais amadas, são as prendas dos amantes como das Forças Armadas. O escândalo anda nas bocas do Mundo. Toda a gente sabia da ONU do Guterres ao ministro socialista Cravinho, que deve ter informado o Costa. Só o Chefe-Mor da Tropalândia, o nosso popular Presidente das beijocas, das selfies e abraços não sabia de nada, nicles, nadica de ser devidamente informado. O país anda nas bocas do Mundo, mas nada acontece no “Reino da Piolheira Invejosa”. Ainda somos um país da União Europeia ou isto virou tudo num salve-se quem puder que mais escandaleira, menos escandaleira não aquenta nem arrefenta. O Costa vai botando palavra, mandando bitaites aqui e ali, o Marcelo conforma-se com esta Tropa Fandanga, o Sol brilha, o tempo está porreiraço, não chove e a praia espera por nós.

Imagem: Domínio Público

                Lembrei-me do meu velho amigo Joseph de Maistre que não era um qualquer. Foi no seu glorioso tempo nada mais nada menos que filósofo, político, escritor, historiador, diplomata e advogado. E acima de tudo autor duma frase (mais um ensinamento…) que atravessa os séculos e é sempre, mas sempre, actual:

“Cada nação tem o governo que merece”

Azar o nosso. Temos o Costa e um país que sofreu a Troyka porque os socialistas do vígaro do Sócrates (que será julgado em 2038 se não prescrever antes) levou o país para a beira duma bancarrota, mas o culpado de tudo é o pobre do Passos Coelho que nos salvou de cairmos no caos. É Portugal no seu pior. Nem a Senhora de Fátima faz o milagre de nos tirar do charco em que nos atolamos. É verdade ou mentira?…

Homens de pouca Fé

por Ana Alves Aboim
FOTO: Google Images – http://www..seti.org

             “Nós lutaremos nas praias, nós lutaremos nos campos, nós lutaremos nas colinas, nós nunca nos renderemos.”

Este é, entre muitos outros, um discurso que define o Homem que na realidade foi Winston Churchill. Com as hordas nazis da Wehrmacht de Hitler em preparação no norte da França Ocupada para iniciarem a invasão da Inglaterra Churchill profere nos Comuns um discurso onde a pedra de toque é a frase acima transcrita. Divulgado pela Radio e pela Imprensa ele foi, sem a mais pequena sombra de dúvida, uma poderosa alavanca para levantar a coragem e o esforço de guerra de todo o povo britânico. Em todas as epopeias humanas, em todas as épocas, em todas as circunstâncias, há um momento-chave em que a derrota morre e a vitória desponta.

FOTO: Google Images – elperiodico..com

                Assim foi na Batalha de Megido no século XV a.c. (a mais antiga da História) na de Covadonga no ano 722 já na era cristã, na de Compiègne da Guerra dos Cem Anos, na das Linhas de Elvas em que destroçámos o exército espanhol, na napoleónica Austerlitz e, mais recentemente, na epopeia de Stalingrado em que o Exército Vermelho aniquilou as tropas de Hitler no prenúncio do fim da Segunda Guerra Mundial.

Assim como na doença o termómetro, medindo-nos a febre, indica a evolução da nossa saúde, por igual mesmo em países de regime democrático subsistem problemas graves causados por evidente nefasta influência da falta de Fé na área da quotidiana política.

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             A evidência da degradação do nosso espectro político surgiu sem aviso prévio na guerrilha que lavra no CDS contra o líder democraticamente eleito Francisco Rodrigues dos Santos. Atacado sem dó nem piedade por Nuno Melo uma imprevisível catarata de demissões de cargos e desfiliações de militantes “empurra” o CDS para o caixote do lixo da História quando, afinal, foi um baluarte contra a tentativa totalitária do partido comunista de Álvaro Cunhal.

Recordemos. Nas primeiras auroras do 25 de Abril o CDS orgulhava-se de políticos de elevado gabarito intelectual tendo na linha da frente desta guerra Homens de Fé na Democracia como Freitas do Amaral, Lucas Pires, Adriano Moreira, Ribeiro e Castro que nunca recuaram perante os ataques (mesmo físicos) contra a sua denodada luta para que o país não caísse nas garras moscovitas orientadas e financiadas pela antiga União Soviética. Para Homens de Fé do passado também agora o CDS alberga dirigentes sem força nem Fé…

FOTO: Google Images – http://www.abrilabril.pt

             Assunção Cristas por ter perdido uma batalha eleitoral abandonou as tropas que comandava e, deixando-as ao abandono, rumou para o conforto duma vida privada, pacífica, estável, sem quaisquer problemas de maior. Cristas que é mulher de cultura muito acima da média porventura nunca terá lido o corajoso discurso de Churchill:

Nós lutaremos nas praias, nós lutaremos nos campos, nós lutaremos nas colinas, nós nunca nos renderemos.

Cristas rendeu-se. Por não ser uma líder. Mas apenas e só uma fraca chefe partidária que mal perdeu a primeira batalha depôs as armas e, como soe dizer-se, fugiu a sete pés com o rabinho entalado entre as pernas.

Católica praticante politicamente foi uma mulher sem Fé…

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             Rui Rio ainda não sabe, mas politicamente sofre duma doença terrível. Diagnosticada como o “Síndroma do Primeiro-violinista da Orquestra”. São pessoas (tanto homens como mulheres) que até podem ser geniais quando integrados como “primeiros” em alguma importante orquestra sinfónica se revelam tecnicamente abaixo de cão se forem obrigados a pegar na batuta para dirigir qualquer uma das nove geniais sinfonias de Beethoven. Aí dentro da óptica “quem te manda a ti sapateiro tocar rabecão” espalham-se ao comprido e, naturalmente, são pateados pela assistência face ao hediondo crime de assassinarem a partitura do grande Mestre.

Se como garantia o Botas de Santa Comba “em política o que parece é” não restam dúvidas que Rui Rio não passa dum zero a favor da Esquerda. Pareceu dum Homem de Neandertal a forma como tratou da presença obrigatória do Costa (maestro dum Governo de amigos e afilhado) para debater o Estado da Nação escorregadela que fala por si e quase não precisa de grandes explicações.

Chegaram a ser mensais, Sócrates tornou-as quinzenais. O que desarrincou Rio na sua qualidade de Führer do maior partido da Oposição?

Nada mais nada menos que facilitar a vida ao Costa Pregador de Promessas propondo o fim da obrigatoriedade da presença do chefe de governo no hemiciclo de 15 em 15 dias ou seja o primeiro-ministro respirou de alívio porque só tem que gramar o frete de dar conta aos desinfelizes que vegetam no “Reino da Piolheira Invejosa” oito vezes por ano.

Esta maravilha de ripançoso descanso que por via do mais comezinho pensamento lógico deveria ter sido parida pelo próprio PS para ajudar o chefe.

Costa o Malabarista rejubila. Rio demonstrou a toda a gente que não passa dum pobre homem politicamente sem Fé.

Divórcio Litigioso por Desconfianças

por Richard Lencastre
Nem na Justiça nem nos políticos…
FOTO: Google Images – Marcos Borga – Expresso Online 3 Setembro 2021

                Aparentemente a crise que actualmente atravessamos afigura-se, à primeira vista, como uma birra entre o Kosta das Promessas e a ousadia da Catarina das Exigências que, cega pelo ódio que vomita contra a Iniciativa Privada, queria milhões alocados para a sua loucura de ver em cada patrão um criminoso sanguinário que se milionariza à custa do suor de quem, garantindo trabalho garantia a sopa na mesa e a certeza de emprego que lhe não faltaria nos tempos mais próximos.

                Por mais que gaste e desgaste os neurónios ainda não consegui descobrir a razão que brotou há anos na minha mente saturada de respeito pela Declaração Universal dos Direitos do Homem. Vejamos.

                A evolução negativa do Comunismo no Mundo iniciou-se em 1989. Como peças caídas dum tabuleiro de xadrez o Comunismo foi para o caixote do lixo da História, sem derramamento de sangue, na Polónia, na Hungria, na Alemanha Oriental (RDA) na Checoslováquia, na Bulgária, na Roménia (único país que executou o Chefe de Estado Nicolae Ceauşescu) na Albânia e na Jugoslávia. Limitámo-nos a dissecar apenas e só a Europa, a mesma Europa onde Portugal se encontra inserido com uma chamada de atenção para o facto, não menos importante, que o Socialismo também foi abandonado no Camboja, na Etiópia e igualmente na Mongólia.

 Pérola em cima do bolo o Comunismo (puro e duro)  do kamarada Estaline deu o berro na própria União Soviética no purificador ano de 1991. Graças a Deus e à Queda do Muro de Berlim…

FOTO: Google Images – http://www.observador.pt

                Nasce deste rosário de maravilhas de povos e países onde a Dignidade da Pessoa Humana foi restabelecida a, que julgamos pertinente, pergunta: porque carga d´água temos que gramar no nosso país (dito “democrático”) em que todos os tugas nascem e vivem DOIS partidos comunistas, um como cópia da “evaporada” URSS liderado por um órfão saudoso (o kamarada Jerónimo) e outro, mais assanhado comandado pela belezura da actriz Katarina Martins, perdão, Catarina Soares Martins que, até o caldo se ter entornado, vivia “politicamente” enlevada com o PS, olhos nos olhos, numa expressão que não deixava dúvidas sobre os sentimentos íntimos que cada um nutria pelo outro. Até que…

                Até que o malabarista Kosta das Espertezas Saloias, na mira do Poder Absoluto, imaginou que umas eleiçõeszinhas vinham mesmo a calhar e para destabilizar o ramerrame do status quo político a cada langoroso pedido da curvilínea Catarina só respondia niet, niet, niet…

FOTO: Google Images – http://www.wort.lu

                Marcelo fez cara de quem não queria, mas talvez interiormente tenha afivelado um sorriso porque, com esta jogada eleitoral, antevisse um forte abanão no universo dos votantes do PCP do paleolítico Jerónimo e das rechonchudas vaidades da Catarina. Uma jogada de mestre levada a cabo pelo indiscutível Mestre calejado nestas andanças pelas décadas de malabarismos no “Expresso”.

Nas Redes Sociais que servem para tudo desde eticamente louvar virtudes esparsas até bolsar alarvidades milhões de vezes maiores do que a Galáxia Ardente do Cosmos por gentalha mal acabada, estúpida e invejosa o assunto tem proliferado às pazadas porque há muito tuga no bem-bom do ripanço, pessoal que não faz nada de útil de tão dedicada que é ao diz-se-diz-se ao ouvi-dizer e ao-acho-que.

                A cruel dúvida que envenena as mentes socialistas é se o Patronato de Bruxelas mandará ou não os gordos e anafados milhões para a rapaziada fina que volteia na área do PS poder começar a congeminar como irão fazer as falcatruas de sempre empochando a cascata de euros que deveriam ser para o país andar para a frente em vez de engordarem as contas bancárias nalgum paraíso fiscal onde os do “costume” acumulam riqueza à custa dos milhares de portugueses que não se conseguem ver livres do colete de forças da miséria que há várias décadas os oprime.

Não foi por mero acaso que há poucos dias a própria Procuradora-Geral da República (Lucília Gago) amargamente se queixou na Televisão de ter falta de procuradores, pessoal auxiliar, técnicos de Informática e computadores para poderem combater a Corrupção imparável e o Crime Organizado que campeia à rédea solta sem ter quem lhe refreie a vil ganância que nos ensombra o ar que respiramos.

Tudo isto por causa dum Divórcio Litigioso por Desconfianças, divórcio que nós todos acabaremos por ter que pagar porque o Fisco leonino não dorme por mais crises que desabem sobre os nossas pobres cabeças.

JÁ  NÃO  HÁ  PACHORRA  PARA  TANTA  VIGARICE

Ontem, já com o jornal pronto a ser lançado vejo na Televisão o Costa a anunciar que vai fazer uma nova Geringonça. Com quem? Com os mesmos que o torpedearam no Orçamento? Com o PAN “Partido dos asnos, dos pirilampos e das narcejas”?  Por certo não com o PSD ou o CDS, ainda menos com a Iniciativa Liberal ou o Chega do desventurado Ventura.

Vergonha precisa-se…

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Disclaimer

A “TRIBUNA DO DIABO” é um Jornal On-Line editado por um pequeno grupo de reformados para contrariar inúteis horas de improdutivos ócios, cem por cento independente sem qualquer ligação a partidos políticos, associações financeiras, empresariais, sociais, religiosas, grupos de pressão, teorias da conspiração, redes sociais e toda e qualquer forma de manipulação informativa que viole o exercício ético da Liberdade de Expressão conforme os princípios instituídos na União Europeia.

Os artigos de opinião são da responsabilidade dos seus autores cabendo ao Grupo Editorial reservar-se o direito de recusar a publicação se forem verificadas faltas de cumprimento dos princípios básicos subjacentes à filosofia inerente à Democracia tal como é entendida em todas as sociedades modernas e verdadeiramente livres.

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A Preta, o Herói e o Vilão

por Brígida Botelho Bettencourt

                Foi a deputada preta Joacine Katar Moreira, irra, bolas, carago, já se levantou um tsunami de protestos por eu ter escrito a proibida palavra que está na primeira linha. Enganaram-se. Completamente. Redondamente. Inconscientemente. Vou ter, como o Raul Solnado, que vos contar a “História da Minha Vida”. Não se entusiasmem. Porque é banal. Comezinha. Vulgar. Sou uma simples cidadã da classe média, com os impostos em dia e a jura jurada de nunca mais votar. Não vale a pena. Porque os nossos políticos são todos farinha do mesmo saco.

Vivi a evolução de qualquer ser humano: menina, adolescente, mulher, mãe, avó e, inaugurada a fasquia dos noventa, bisavó duma Alice que é o enlevo dos meus já bastantes cansados olhos. Sobre o Racismo pouco ou mesmo nada aprendi quando deambulei pela velha e respeitada Universidade de Cambridge porque o doutoramento se espraiava por outra área diferente. Doutorei-me em Racismo entre os quatro e os dez anos de idade porque, por motivos que agora não vêm ao caso, acabada a Primária fui “despachada” para fazer o Liceu num colégio interno no verdejante e aprazível Minho. Foi minha mestra uma criada (classe laboral agora classificada como “assistente de higiene doméstica) que um tio meu havia trazido de Angola para escapar à fome e viver sem a angústia de nunca saber como seria o seu dia de amanhã.

Chamava-se Paulina. Preta como um tição. Lábios grossos. Olhos muito vivos. Gorda como um batoque. Mamas enormes. E, sempre, do nascer até ao Sol posto, exibindo um rasgado sorriso de orelha a orelha. Com a precisão dum relógio suíço, todos os dias, às cinco da tarde em ponto, solene momento para lanchar, a Paulina debitava a sacramental pergunta: “minina quer que a preta Paulina faz mingau para comer que a preta paulina quer minina forte para crescer e se fazer uma bela mulher”. Durante quatro anos, 1462 dias, 208 semanas, sem uma falha, sem um esquecimento a Preta Paulina recitava o mantra e sem esperar resposta punha o leite a aquecer. E mal começava a borbulhar, deitava a farinha de mandioca, mexia e remexia com uma grande colher de pau e quando o caldo começasse a engrossar pintava-o de amarelo com uma gema de ovo já anteriormente batida numa pequena malga. Casava tudo, despejava num grande prato de sopa, polvilhava com canela e dizia “agora mimina vai-se lambuzar com o mingau da Preta Paulina porque mim sabe que deve estar por trás da orelha…”.

Nas cartas que semanalmente meu avô escrevia a dar-me novas do universo familiar nunca abordou que a preta Paulina tinha sido internada de urgência no Hospital de S.José e havia subido ao céu porque a intervenção cirúrgica não a havia conseguido salvar.

Só meses depois no meu regresso a Lisboa para as férias grandes tive o desgosto de que a preta Paulina (a maior e mais desinteressada amiga que tive) havia ascendido ao céu quem sabe se para fazer mingau na hora do lanche de Deus Todo Poderoso.

A Preta Paulina havia incrustado em mim que preta ou preto é tanto como branca ou branco porque todos nós nascemos iguais com dois olhos, um de cada lado, um nariz ao meio e uma boca mais abaixo. Racismo NEGATIVAMENTE nunca o senti no cérebro. Porque sempre, ao longo da vida, POSITIVAMENTE o acarinho no coração

Pelo que Joacine Katar Moreira merece igual respeito que a branquela mais branquela que se pavoneie por aí. E preceder-lhe o nome como preta é equipará-la à Paulina que ciosamente guardo no meu coração.

Finita a preta pulemos para o Herói…

FOTO: Google Images - www.diarioleiria.pt

                Momentos há na vida em que estamos entre a espada e a parede e uma decisão há que tomar por vezes até com o risco da própria vida. Nasce-se herói ou faz-se um herói? Aristides de Sousa Mendes era um pacato e vulgar funcionário público no Ministério dos Negócios Estrangeiros ao tempo da Ditadura de António de Oliveira Salazar. Destacado como cônsul de Portugal em França foi apanhado em plena Segunda Guerra Mundial em Bordéus cidade onde se haviam refugiado milhares de franceses que após a tomada de Paris pelo exército nazi sob o alto comando de Adolfo Hitler haviam rumado à pressa para Sul muito em especial famílias inteiras de judeus receosos de caírem nas mãos da Gestapo e internados num campo de concentração onde o mais certo era serem exterminados dado que na filosofia nazi sobre a pureza da raça ariana eles mais não eram do que animais que urgia abater.

FOTO: Google Images – http://www.meusonhar.com.br

                        Nesses dias de puro desespero multidões tentavam chegar ao Consulado de Portugal para solicitarem um visto que lhes facultasse a entrada no nosso país depois de em deploráveis condições terem atravessado a Espanha. Somente que…

Saltemos para o Vilão…

FOTO: Google Images – http://www.noticiasaominuto.pt

                Somente que o ditador António de Oliveira Salazar havia dado ordens expressas ao cônsul de Portugal em Bordéus para expressamente recusar a passagem de vistos a quem quer que sob as mais variadas justificações os requeressem.

Aristides de Sousa Mendes encontrou-se assim entre o cumprimento duma ordem dum seu direto superior hierárquico e os princípios basilares da sua formação humanista de Homem de Bem. Quarenta e oito horas depois de profunda e dolorosa meditação alicerçou no âmago do seu espírito o princípio que iria nortear todos os seus dias enquanto permanecesse em França: “A partir de agora, darei vistos a toda a gente, já não há nacionalidades, raça ou religião”.

Foi assim que salvou a vida a dezoito mil pessoas que tiveram a sorte de se abrigarem debaixo do protetor chapéu da neutralidade de Portugal face ao conflito entre os bárbaros nazis e os defensores da Liberdade e dos Direitos do Homem.

Salazar ainda tentou barrar a entrada dos refugiados nas nossas fronteiras, mas muito a contragosto foi obrigado a ceder porque o governo espanhol recusou todo e qualquer retrocesso uma vez que os vistos eram claramente para Portugal e de maneira alguma para Espanha.

Durante a Segunda Guerra Mundial os portugueses em geral e na minha família em particular havia uma divisão entre anglófilos e germanófilos. Meu tio gabava Hitler como um político que havia resgatado a Alemanha do pantanoso caos deixado pela turbulenta República de Weimar, como havia restituído ao marco o seu valor aquisitivo quando antes da era nazi não valia sequer o do papel em que as notas haviam sido impressas, a par das autoestradas que rasgavam o país de Norte a Sul bem como a benesse da “Alegria no Trabalho” que permitia férias nunca antes sonhadas aos trabalhadores alemães benesse que Salazar copiou com a FNAT os seus refeitórios e pavilhões de lazer na Costa da Caparica.

Meu marido que só de ouvir a palavra Hitler espumava de raiva gritava que o “cabrão” do Botas de Santa Comba havia montado a PIDE com a ajuda de técnicos da Gestapo que vieram ensinar aos agentes da nossa Polícia Política as mais modernas técnicas de tortura para serem aplicadas nos interrogatórios bem com estruturar uma eficiente rede de informadores espalhados pelos serviços públicos (ministérios, correios, hospitais, etc, etc, etc) para um melhor controle da Opinião Pública sem nunca deixarem de ter debaixo de olho uma férrea Censura em todas as vias de Informação (jornais, livros, teatro, cinema, etc,etc).

FOTO; Google Images – http://www.cruzvermelha.pt

Convém relembrar que as mulheres não podiam ter conta bancária sem prévia autorização do marido e a PIDE só lhes dava passaporte se pretendessem viajar para o estrangeiro depois do marido assinar o termo de liberalização que ficava apenso ao processo. Não deixar em branco que havia profissões (enfermeiras, telefonistas, etc) em que era expressamente casarem. O que me leva a pensar que os talibãs não descobriram a pólvora porque o “Vilão” já há muito tempo a havia inventado…

Mas o pior, herdado da mentalidade salazarista, ocorreu em Moçambique em Dezembro de 1972 com o assassinato perpetrado pelo Exército Português em Wiriyamuru de 385 moçambicanos (incluindo mulheres e crianças) um massacre hediondo dado a conhecer a todo o Mundo pelo jornal inglês “The Times” na sua edição de 10 de julho de 1973 com as declarações do padre católico Adrian Hastings, um acontecimento altamente desprestigiante comprovado por um relatório de Jorge Jardim (acérrimo defensor do Estado Novo e de Salazar) que comprovava a veracidade dos factos difundidos pela Imprensa internacional, garantindo a sua veracidade e incluindo  fotografias da aldeia destruída pelo que aconselhava a que o massacre fosse internacionalmente reconhecido e explicado.

FOTO: Google Images – http://www.observador.pt

                Mas a imitação salazarista do criminoso regime nazi de Adolfo Hitler foi mais longe ao instituir uma forma desumana de eliminar todo e qualquer que se opusesse ao seu Totalitarismo jesuítico, manhoso e eticamente imoral ao criar em Cabo Verde uma imitação rasca do criminosamente monstruoso Auschwitz-Birkenau.

O Campo de Concentração do Tarrafal, também chamado de Campo da Morte Lenta, era um campo de concentração situado na aldeia de Chão Bom, no Concelho de Tarrafal, na ilha de Santiago em Cabo Verde.

Foi LEGALMENTE estabelecido em 1936, durante um processo de reorganização do sistema prisional ordenado pelo próprio Salazar com o objetivo de encarcerar presos políticos e sociais. A localização foi escolhida de forma estratégica, tanto por ser perfeita para que os testemunhos não viessem a público, tanto por ter um clima insalubre, com pouca água potável, e muitos mosquitos em épocas chuvosas, que facilitavam o aparecimento de doenças. O seu principal objetivo era aniquilar física e psicologicamente os opositores portugueses e africanos à Ditadura Salazarista, isolando-os do resto mundo em condições sub-humanas de cativeiro, maus tratos e insalubridade.

Nunca terminaria sem ressaltar como um acto de justiça que foi a deputada independente preta Joacine Katar Moreira quem propôs na Assembleia da República a justíssima homenagem a Aristides de Sousa Mendes agora com uma lápide no Panteão Nacional.

O Mundo não tomba porque para cada vilão ditador há sempre um Herói a equilibrar a vida, limpinho sem osso, sem pevides nem caroço…

E como soe dizer-se a Esperança é a última coisa a morrer…

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Disclaimer

A “TRIBUNA DO DIABO” é um Jornal On-Line editado por um pequeno grupo de reformados para contrariar inúteis horas de improdutivos ócios, cem por cento independente sem qualquer ligação a partidos políticos, associações financeiras, empresariais, sociais, religiosas, grupos de pressão, teorias da conspiração, redes sociais e toda e qualquer forma de manipulação informativa que viole o exercício ético da Liberdade de Expressão conforme os princípios instituídos na União Europeia.

Os artigos de opinião são da responsabilidade dos seus autores cabendo ao Grupo Editorial reservar-se o direito de recusar a publicação se forem verificadas faltas de cumprimento dos princípios básicos subjacentes à filosofia inerente à Democracia tal como é entendida em todas as sociedades modernas e verdadeiramente livres.

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     Estrutura Técnica

                            Planificação Editorial    Richard Lencastre

                            Revisão de Textos                  Maria Margarida Simões

                            Pesquisa de Imagem      Álvaro Murteira Guedes

                            Secretariado                           Cristina Maria Castro Ferreira

                            Arquivo Electrónico      Maria Assunção Benoit

                            Relações Internacionais Alda Themudo

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É para rir ou é para chorar ?

por Mafalda Mascarenhas Marques
FOTO: Google Images – http://www.explore.zoom.us

                Eram dez da manhã. Impecavelmente escanhoado pelo mais experiente barbeiro, conhecido no meio como o “mãozinhas de veludo”, perfumado com o after shave mais caro do Mundo, o Fahrenheit da afamadíssima empresa Christian Dior de Paris, o Costa entrou na sala de reuniões do governo que, com grande espanto seu, estava completamente deserta. Virou-se para a assessora que o acompanhava e perguntou: “Mas cum caneco porque raio dos diabos não está aqui alguém?”.

A assessora começou a desbobinar uma catrefa de informações. O Pedro Siza Vieira, foi ao funeral dum tio, o Augusto Santos Silva foi ao enterro duma avó, a sua afilhada Marianinha Vieira da Silva foi à cremação duma prima, o João Leão por alcunha o MEO (Ministro de Estado e Orçamento) está no velório dum cunhado, o João Gomes Cravinho está no funeral do avô, o seu protegido Eduardo Cabrita está a acompanhar o enterro duma tia, a Francisca Van Dunem está na Basílica da Estrela na missa de corpo presente dum primo que chegou de África há duas semanas e faleceu por ter apanhado o vírus COVID-19, a Alexandra Leitão foi a Sintra para velar uma familiar que já tinha noventa e oito anos de idade, o Nelson de Sousa foi ao funeral dum tio, a Graça Fonseca deslocou-se a Coimbra para prestar as últimas homenagens a um primo, o Manel Heitor está no Alto de São João por via duma tia que está a ser cremada, o Tiago Brandão Rodrigues está nos Prazeres a despedir-se dum tio, a Ana Mendes Godinho foi para o velório duma prima, a Marta Temido está no enterro duma tia que morreu por falta e saúde, o João Pedro Matos Fernandes, coitado, está no velório dum tio num desconfortável ambiente, o Pedro Nuno Santos teve que ir ao enterro dum tio com quem estava zangado, a Ana Abrunhosa foi acompanhar uma prima, a Maria do Céu Antunes está no funeral do avô e finalmente o Ricardo Serrão Santos foi ao enterro dum primo.

Parou para beber um golo de água porque já tinha a garganta seca. O Costa depois deste rosário de desgraças e já com cara de poucos amigos inquiriu: “mas porque raio dos azares é que estes funerais aconteceram todos ao mesmo tempo? Ao que a assessora com uma entoação um nadinha trocista replicou: “então não se tá mesmo a ver que são todos da ”mesma família”…

FOTO: Google Images – http://www.beira.pt

                Há Orçamento ou não há Orçamento? Oh dúvida cruel! De quem é a culpa? Da teimosia do Costa que acha que está tudo no melhor dos mundos ou do empedernido centenário Führer do Partido Comunista-Estalinista que está à rédea solta no meio da nossa faz de conta democracia que no ranking do “Índice de Democracia” da respeitada revista The Economist, baixou Portugal de “Democracia Plena” em 2019 para “Democracia com Falhas” em 2020.

FOTO: Google Images – http://www.zap.aeiou.pt

                Tanto os comunistas como a Catarina Martins que lidera um partido Comunista-Leninista-Trotskista-Estalinista-Maoísta com uma pincelada das “Forças Populares 25 de Abril”  onde os revolucionários membros se entretinham com o seu desporto predileto de fazerem tiro ao alvo com as suas metralhadoras kalashnikovs contra os “reaças” da odiada burguesia. Exigem o céu e a terra sem cuidarem se a Economia aguenta porque só se devem aumentar salários se para tal houver margem e não à louca-maluca que cem por cento antecipadamente se sabe que vamos dar com os burrinhos na água e, de pantanas, mais uma vez caímos na bancarrota com mais uma Troyka a bater-nos à porta e a informar que soou a hora de ganharmos juízo e apertarmos o cinto.

FOTO: Marcos Borga – http://www.expresso.online – 3 de setembro 2021

                Perante o fantasma de cairmos em eleições Marcelo bem avisa, mas o Costa, tadinho, apanhou uma otite e de quase surdo não apanha nem metade do sermão da montanha dos erros crassos do governo e da popularunchite dos últimos discursos do primeiro-sinistro, excuse me, primeiro-ministro do “Reino da Piolheira Invejosa”. Nos entretantos, antes de chegarmos aos finalmente, a TAP vai “mamar” mais uns gordos milhõeszitos até que, mesmo presidida por uma francesa, o destino fatal a conduza ao abismo e seja vendida a prestações e preços de saldo.A mim acontece-me todas as noites depois do jantar e não sei se alguma vez também surgiu no vosso espírito a sacramental pergunta: “isto é para rir ou é para chorar”…

 

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A “TRIBUNA DO DIABO” é um Jornal On-Line editado por um pequeno grupo de reformados para contrariar inúteis horas de improdutivos ócios, cem por cento independente sem qualquer ligação a partidos políticos, associações financeiras, empresariais, sociais, religiosas, grupos de pressão, teorias da conspiração, redes sociais e toda e qualquer forma de manipulação informativa que viole o exercício ético da Liberdade de Expressão conforme os princípios instituídos na União Europeia.

Os artigos de opinião são da responsabilidade dos seus autores cabendo ao Grupo Editorial reservar-se o direito de recusar a publicação se forem verificadas faltas de cumprimento dos princípios básicos subjacentes à filosofia inerente à Democracia tal como é entendida em todas as sociedades modernas e verdadeiramente livres.

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Planificação Editorial    Richard Lencastre

Revisão de Textos         Maria Margarida Simões

Pesquisa de Imagem   Álvaro Murteira Guedes

Secretariado      Cristina Maria Castro Ferreira

Arquivo Electrónico      Maria Assunção Benoit

Relações Internacionais Alda Themudo

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Melhor é impossível

por David Dutra Domingos

FOTO: Google Images – Ana maria Baião Rendeiro – Expresso Online 2/10/2021

                Rendeiro, um gentleman. Um senhor. A finesse estampada no cuidado rosto. Um banqueiro. Um homem da upper class. Bem falante. Culto. Viajado. Polido nos pormenores. Irrepreensível apresentação. Última moda. Discretamente. Badalado nas redes sociais: Imprensa. Radio. Televisão. Um tu-cá-tu-lá com a Alta Finança, o governo e tutti quanti puxam os cordelinhos que marcam os nossos atribulados dia a dia. Até que…

Até que a máscara caiu, Borrando a pintura. Mostrando o vigaristóide trapaceiro que desviou milhões das contas bancárias de quem nele confiou: os taycoons do Reino da Piolheira Invejosa, os Donos de Quase Isto Tudo, os pequenos aforradores de modestas poupanças conseguidas pelo trabalho árduo regado com o suor do rosto. Todos de olhos postos num prometido Eldorado de juros gordos, suculentos, apetitosos.

FOTO: Google Images – http://www.expresso.pt

                Depois dos novos-ricos que se “renderam”ao Rendeironasceram como cogumelos os novos pobres que viram as suas magras poupanças irem pelo ralo abaixo sem aviso prévio nem acção do Banco de Portugal que, nesta saga, entrou mudo e saiu calado. Pergunta que vale um milhão de euros: alguém consegue explicar a lógica razão porque a juíza que tinha em mãos o processo deste artista que, num passe de mágica, desapareceu da noite para o dia, não lhe retirou o passaporte, verdadeiro passa-culpas que lhe permitiu voar em primeira classe para algum até agora ignoto país onde, para confortável tranquilidade do rendeiral viajante, não existe qualquer lei que o obrigue a extraditá-lo para Portugal? Rendeiro deve estar a rir à fartazana da ingenuidade da juíza e a remoer cruel úvida se ela não será simpatizante do PS e secreta admiradora do Costa? Como ensinava na Antiga Grécia já me não lembro se Aristóteles ou Platão, Anaximandro ou Heráclito, Parmênides ou Anaxágoras tudo pode acontecer e o dedo no tutu meter e sair borrado sem tir-te nem guar-te…

FOTO: Google Images – http://www.melhordestinos.br.com

           Nada há de pior em política do que a ignorância. Creio que a frase (e citei de cor) é da autoria do consagrado polítólogo alemão Hans Henning Atrott e, nesta matéria o nosso ministro das Infra-estruturas de sua graça (e nossa desgraça…) Pedro Nuno Santos é mestre, dá cartas e nunca fica abaixo de alguém. Ao espumar raivinhas contra o colega das Finanças João Leão acusando-o de ter sido o responsável pela incompreensivelmente extemporânea demissão de Nuno Freitas, presidente da CP (cujo mandato terminava três meses depois desta apalhaçada bravata) não deixou de passar em branco uma encapotada mordidela no Costa que lhe garante o pão (e o croissant) do pequeno-almoço clamando que “se fosse ele o chefe da banda a CP não estaria endividada e tudo, como é de ver, caminharia sobre rodas”. Esqueceu por completo o ensinamento de Cristo quando num dos seus famosos sermões proferiu a célebre frase “Por que vês o argueiro no olho de teu irmão, porém não reparas na trave que tens no teu?”.

           É que o reclamante ministro não tinha um argueiro no olho tinha, sim, uma catrefa de traves. Porque ele é, quer queira, quer negue, o responsável pela imensa burrice da nacionalização da TAP essa moribunda doente com deficits acumulados que, qualquer decisor com dois palmos de inteligência, teria deixado na mão dos privados a quem sairia o estertor duma morte há anos anunciada. Pedro Nuno Santos aliou a pesporrência à mais infinita ignorância. Não ligou a mínima a um gravíssimo fenómeno, um verdadeiro Big Bang, do colapso: anteriormente ocorrido em que varreu do mapa da Aviação Comercial QUARENTA E TRÊS companhias algumas delas muito mais financeiramente poderosas e importantes do que a nossa em já em coma “companhia de bandeira”, tais como a que era na altura a maior companhia de Aviação Comercial, Pan American World Airways (a popular Pan Am) que já havia colapsado no dia quatro de dezembro de 1991.

Ignorava que durante o ano de 2020 tinham sido obrigadas a fechar as portas companhias como a Air Italy que faliu em Fevereiro. Aliás prenunciando uma imprevista falência quase total do sector já em 2019 sintomáticos alertas haviam soado com o desaparecimento das operadoras abaixo indicadas:

Companhias desaparecidas por já não terem pernas para voar:

  • Germania País de origem:                        Alemanha
  • California Pacific País de origem:            Estados Unidos
  • Flybmi País de origem:                             Reino Unido
  • Insel Air País de origem:                          Curaçao
  • Asian Express Airlines País de origem:   Coreia do Sul
  • Tajiquistão Wow Airways País Origem:: Tajiquistão
  • Aerolíneas de Antioquia Origem:             Colômbia
  • Fly Jamaica Airways País de origem:      Jamaica
  • Jet Airways País de origem:                     Índia
  • Wisdom Airways País de origem:            Tailândia
  • Avianca Brasil País de origem:                Brasil
  • Avianca Argentina País de origem:          Argentina
  • Al Naser Wings Airlines País de origem: Iraque
  • Aigle Azur País de origem:                      França
  • Thomas CookAirways                              Reino Unido
  • companhia britânica com 178 anos associada à empresa turística com o mesmo nome.

Requiescat in pace…

FOTO: Google Images – http://www.observador.pt

                Por aqui paramos com a listagem só para vos darmos uma palidíssima ideia do fenómeno já que largas dezenas de companhias morreram sem honra nem glória. O erro do ministro socialista responsável pelas Infra-estruturas é imperdoável já que as consequências IMEDIATAS se refletiram num exorbitante custo para o país de mil e duzentos mil milhões de euros “enterrados” na TAP em 2020, mais (soma e segue) mil milhões de euros em 2021 e mais mil milhões de euros em 2022 numa voragem sem fim à vista porque a TAP não tem unhas para afrontar os novos voos Low Cost das gigantes, entre outras, Ryanair, Easy.jet, Eurowings, Vueling, etc, etc,etc

Ponho à vossa acutilante opinião as mais do que lógicas perguntas: quantos bons e bem apetrechados hospitais se poderiam ter construído com este imbecil desperdiçar de dinheiro? Quantas escolas modernas e universidades avant garde podiam ter nascido?  Quantos sem abrigo podiam ter saído do gueto em que (sobre)vivem? Quantos postos de trabalho podiam ter sido criados para se estacar a tremenda emigração de magotes de enfermeiras e e enfermeiros para irem trabalhar (com melhores salários) para o Serviço Nacional de Saúde de Inglaterra?

FOTO: Google Images – http://www.gnnwes.com.br

                Não se vos afigura mesmo criminosa a falta de lucidez e a inaceitável ignorância deste ministro socialista que não estudou (como devia…) um problema grave que já há bastante tempo era do conhecimento público insistindo na teimosa obsessão de querer eliminar a iniciativa privada com uma nacionalização estupidamente fora de moda ao estilo PREC de má memória e, economicamente, de péssimos resultados?

Como é possível, meu deus, termos no governo socialista um ignorantão deste elevado calibre estupidamente escravo duma mais do que desadequadamente imbecilóide decisão quando uma fácil, mas proveitosa pesquisa na Internet lhe teria colocado diante dos olhos uma elucidativa listagem de companhias aéreas comerciais que faliram no ano de 2020.

Há poucos dias assistimos a mais uma desavergonhada rábula do Costa na Assembleia em resposta a uma pergunta dum deputado da Oposição ao ter afirmado com convicção que “a lastimável situação da TAP se deveu à pandemia” refinada mentira quando já era público e notório que a TAP nos últimos três anos já se encontrava com a corda ao pescoço porque milhares dos habituais passageiros já tinham “voado” para as companhias Low Cost que praticam preços de arrasar, deslumbrantes e convidativos.

Estão uns para os outros porque das centenas de deputados que temos (de gramar e, pior, pagar) não houve um só sequer que desmentisse o Costa pela falsa resposta que havia dado.

Meus caros tivéssemos nós ministros a sério que antes de subirem ao estrelato político através da “Agência de Tachos do Partido Socialista” conhecessem como é dar no duro em empresas privadas e outro galo de Barcelos cantaria porque um estágio nas privadas teria evitado o espalhanço de termos gasto, mais do possivelmente, milhões e mais milhões numa caricata “empresa de bandeira” que, sem fim à vista, suga grossas fatias do dinheiro dos nossos coercivamente sacados e suados impostos.

Mesmo com um ministro cem por cento ignorante da real situação mundial das companhias aéreas não há no (des)governo socialista um simples assessor, um só secretário de Estado, um competente director-geral, alguém entre os largos milhares de boys e e girls “instalados” na Função Pública que alertasse e tocasse o badalo de alarme para a lista de companhias falidas em 2020 (ver, tenham paciência, a lista abaixo…) já para não esquecermos que a mais importante companhia aérea que existiu no globo terrestre desde que em 17 de Dezembro de 1903 os irmãos Wright nos States realizaram o primeiro voo motorizado da História da Humanidade, já tinha acabado sem honra nem glória, ou seja a famosa e popular Pan American World Airways (a Pan Am).

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                Só lembra ao diabo. Não o da “Tribuna” entendasse… Então não é que os advogados do banqueiro Ricardo Salgado lhe queriam poupar o grande incómodo de ter de ir a julgamento apresentando um atestado médico declarando que o coitado estava com Alzheimer e já não diria coisa com coisa mantendo-se mudo e quedo como uma estátua a alguma pergunta que o meritíssimo decidir-se fazer-lhe. Felizmente que no “Reino da Piolheira Invejosa” ainda há alguns juízes que os têm no sítio e não se deixam embarrilar com as acrobáticas manobras dos supimpamente bem pagos escritórios de advogados que tentam lavar criminosos mais do que o OMO (que “Lava mais branco”…).

                Salgado que não é pera doce em manobras manhosas claramente viu na vigarice de vender gato por lebre aos balcões do falecido “Banco Espírito Santo” lesando impune e descaradamente milhares de pequenos aforradores que perderam as suas magras poupanças no cataclismo provocado pela mente criminosa do Dono Disto Tudo como era alcunhado o Ricardo não coração de leão, mas de pedra que de recurso em recurso continua a viver desafogadamente sem quaisquer incómodos senão controlar os milhões que tem espalhados por tudo quanto é paraíso fiscal esse milagroso chapéu-de-chuva que abriga os “honestos” cidadãos que não gostam de pagar impostos.

                Tirando o Zé Sócrates que sem incómodos de maior se passeia por aí papando, desculpem, degustando o melhor e mais fresco peixe da Ericeira assistimos a um “Ballet dos Amigos do Alheio” alcunhados de banqueiros, uma irmandade feita dos Josés Oliveira Costa, os Jardins Gonçalves, os Rendeiros, os Fezas Vital, os Paulos Guichard mais alguma arraia-miúda sem direito a nome na Imprensa diária, conversas na Radio ou entrevistas na Televisão.

                Em paralelo com estes artistas bancário-circenses que continuam com a sua confortável vidinha e até hoje o maior incómodo que sofreram foi pagar aos advogados que os defendem também há a registar que três artistas não se entregaram a fugas de toda a espécie e feitio, mas duma forma prazenteiramente honesta se apresentaram à porta da prisão com o baraço ao pescoço os conhecidos cidadãos Armando Vara, Isaltino de Morais e Duarte Lima. Excepções…

                De todo este molho de brócolos que oferece entretenimento ao Tuga Vulgaris Lineu de tanta nojenta vigarice entre a classe política que “infecta” o nosso dia a dia, de tanta corrupção impune que se ri das “mornas” leis mal feitas que temos (e a ministra da Injustiça até acha que é cedo para as mudarmos…) digam lá, pondo a mão na consciência, se não é verdade que Melhor é Impossível no tocante a este Império do Mal que, bem pior que a pandemia (para a qual já há cura) fomos condenados a quase em silêncio sofrermos?

A diferença entre falar e grunhir

por Guilhermina da Graça Guerreiro
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                A minha vizinha do quinto esquerdo, Maria Teresa d’Alencar Nobre Soeiro bem tentou durante pacientes décadas ensinar a “assistente doméstica” (antigamente conhecidas como criadas de servir) a falar como gente sem trocar os “v” pelos “b” fuma como uma chaminé de fábrica. Numa manhã de sexta, dia calendarizado para o abastecimento semanal, foi com a Rosa sua fiel “assistente” que aos quinze anos desceu de Bejeu (Viseu) para a capital para não morrer à fome na aldeia onde para mal dos seus pecados havia nascido. O supermercado fica a escassos cem metros e, abastecido de tudo, permite encher o frigorífico da cozinha com peixe e carne, mais todos os vegetais, tomates, alfaces, bróculos, espinafres, etc, para uma ajuizada manutenção duma boa saúde. Um azar dos diabos é que a erudita Maria Teresa d’Alencar Nobre Soeiro, doutorada por Oxford em Literatura Medieval, se por um lado sabiamente enchia o corpinho com vitaminas e sais minerais por outro borrava a pintura envenenando-se aos poucos com a fumaça dos cigarros que como os prezados Leitores bem sabem contem na sua vertente gasosa monóxido de carbono, nicotina, amônia, cetonas, formaldeído, acetaldeído e acroleína e na sua vertente particulada bastantes substâncias altamente cancerígenas arsênio, níquel, benzopireno, cádmio, resíduos de agrotóxicos mais algumas substâncias radioativas, o Polônio 210, acetona, naftalina e até fósforo P4/P6, substâncias usadas em veneno para matar ratos.

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                   Foi ainda no passeio, antes de entrarem no Super, que um trangolomango lhe deu e a patroa caiu para o chão completamente desamparada e a fiel Rosa mil por cento atarantada sem saber o que fazer ficou a olhar até que um senhor que estava a passar sacou do telemóvel e chamou o 112.

Levada a mil à hora com o ti-nó-ni a berrar como um vitelo desmamado a depositou na Urgência do Santa Maria onde de imediato foi internada. Duas semanas depois o médico assistente a avisou com voz de poucos amigos: “desta a senhora safou-se, mas se continuar a asneirar fumando até estar toda entupida por dentro garanto-lhe com cem por cento de razão que não mais lhe passarei qualquer receita para medicamentos porque sem sombra de dúvida de certeza assinarei a sua certidão de óbito. Vá para casa e ganhe juízo porque já tem muito boa idade para não fazer asneiras…”.

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                A doente agradeceu. Abriu a mala e tirou um isqueiro dourado, que lhe havia custado uma pipa de massa, um topo de gama da afamada marca Dunhill comprado em Londres numa ourivesaria especializada em artigos de alto luxo que depositou na mesa mesmo defronte do médico. Este, surpreso, bouquiaberto, estranhando o alcance do gesto, perguntou: “mas para quê é isto?…”. Ao que a inquirida já junto à porta explicou: “é que a partir deste preciso momento deixei de fumar e como vi no seu cinzeiro que o doutor fuma é para sempre que sempre que acender um cigarro se lembre de mim grata por me ter salvado a vida”. Esboçou um sorriso e saiu.

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                Como o paciente Leitor de imediato detectou a conversa entre a nossa heroína de hoje e o clínico do Santa Maria teve por base as palavras correntes com que todos nós no dia a dia nos entendemos. Mas como também nascem horas do diabo quando no entusiasmo da conversa num bar os vinhos, os whiskies, os bagaços e as aguardentes velhas passam da conta a língua se enrola, o tino se perde e em vez de se projectarem límpidas palavras o que acontece é jorrar uma catarata de sons incompreensíveis que mais se assemelham a um grunhido do que a uma palavra humana. Creio não errar se tentando ser profeta na minha terra escrever que a diferença entre o falar e grunhir (título do artigo de hoje) excede e muito as toneladas de paciência que é preciso ter para aturar bêbados.

                Ouçamos os sábios:

Na edição de 31 de Março de 1924 no seu dicionário da Língua Portuguesa o conceituado e respeitado Candido de Figueiredo não fala de grunho e define “Grulhir” como “falar muito alto, palrar, tagarelar”. Já Augusto Moreno no seu Dicionário Complementar da Língua Portuguesa de 1938 dá ao verbo a mesma descrição. Em nenhum deles se encontra a hoje popular palavra “grunho” e o correspondente verbo “grunhir”.

Na Internet aquele que é considerado o melhor entre as dezenas que temos à nossa disposição, o “Priberam”, damos de caras que grunho é a “derivação regressiva de grunhir e que o significado de grunho é porco ou javali e também pessoa rude ou grosseira”. No tocante ao verbo “grunhir” classificado como intransitivo, a sua explicação é soltar (o porco ou o javali) a sua voz e também  os humanos soltar vozes que lembram o grunhido do porco.

Entre 1924 até aos tempos mais recentes o povo (que é quem faz a Língua) criou grunho e grunhir com um sentido novo para expressar uma ideia nova.

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                Este assunto que à primeira vista pode parecer um pensamento simplista do historicamente consagrado Monsieur de la Palice tem mais do que se lhe diga, tendo merecido uma riquíssima análise de um consagrado herói da Comunicação Social, João Miguel Tavares e outra da heroína Ana Sá Lopes. Ambas se embrenhando na discussão duma acesa polémica que grassa tanto na Comunicação Social onde a Ética da Informação é respeitada como nas Redes Sociais esse enorme esgoto onde se misturam pensamentos nobres de pessoas normais como se vomitam bebedeiras mentais de pseudo-intelectuais grunhos que desabafam da sua sórdida mentalidade nos esgotos da Internet que desaguam nos computadores de quem impunemente aprecia fofocas, calúnias, mexericos, palavrões e ataques a pessoas de bem e a cidadãos acima de qualquer suspeita.

                        Ana Sá Lopes desceu a terreiro em defesa dum pobre deputado do PS que em declarações, entre outros vários assuntos, afirmou que “a pandemia foi boa para o país”. Caiu o Carmo e a Trindade mal esta ideia entrou no cano de esgoto das Redes Sociais. Mesmo entre gente da Tribo da Lusitana Intelligentzia (nunca esquecer que “Gente Fina é outra coisa…) muito pessoal rasgou as vestes e cobriu a cabeça com cinzas ao ouvir estas tão incendiárias palavras. O alicerce da acusação terá possivelmente os caboucos numa arquitetura racional duma impossibilidade evidente: uma coisa por sua natureza má não pode gerar algo que possa ser bom. Juro pela alma do Costa que não sonhei com o René Descartes o franciú que deu à luz o conceito da “Dúvida Hiperbólica” (também conhecida como “Dúvida Sistemática”) que filosoficamente nos aponta a auto-estrada do raciocínio puro na direção do inquirir em contínuo da veracidade das coisas que nos são apresentadas como verdadeiras. Para o Leitor mais exigente sobre os articulados filosóficos recomendamos que voltem a ler o cartesiano trabalho do “Discurso sobre o Método” dado a conhecer ao Mundo na já longínqua data de 1.637.

Numa consulta rápida nas planícies da Internet surge ainda uma explicação complementar onde se afirma que “é dita de hiperbólica por ser uma dúvida exagerada, mas filosoficamente construída: sua razão de ser é examinar minuciosamente os conceitos de modo a só admitir por verdadeiro o que realmente é, e declarar duvidoso o que não pode afastar o mínimo de incerteza”. Atentem bem na parte final porque é aí que a porca torce o rabo:

“declarar duvidoso o que não pode afastar o mínimo de incerteza”. Como?!?…

                Mais terra a terra  é a defesa da autoria de Ana Sá Lopes que num artigo de opinião afirmou que Eurico Brilhante Dias não é, nunca foi, nenhum grunho. É uma pessoa bem-educada. Aliás, para a média nacional, pelo menos a partir do que se vê pelo espaço público, bastante bem educada.

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                Vira o disco e toca o mesmo. Talvez a diferença entre o falar e grunhir tenha sido bem posta no dar de caras na depauperada saúde da minha vizinha do quinto esquerdo, Maria Teresa d’Alencar Nobre Soeiro, que foi de charola com a morte a espreitar por todos os cantos com uma doença (fumar) que lhe valeu de aviso para ter conseguido a coisa BOA (banir o uso do tabaco) permitindo-lhe ter andado por cá durante mais muitos anos e bons comendo e bebendo do bom e do melhor e todas as manhãs descontraidamente começar os dias a trautear: “Ò, Malhão, Malhão que vida é a tua?/ Comer e beber /Ai tirim-tim-tim, / Passear na rua!”

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