Assim vai o Mundo…

Texto:                         Catarina Maria Perdigão Esteves

Layout:                      Jorge Manuel Seabra de Melo

Pesquisa gráfica:    Sandra de Oliveira Oneto

Mais Comida - FOTO Google Images - www.portalcidadeluz.com.br - Refªa 201903251244d380640

Mais que o suficienteFOTO: Google Images – http://www.portaldaluz.com.br – Refª 201903251244d380640

Uns são filhos. Outros enteados.

                        Enquanto para alguns felizardos, segundo dados da OCDE, no Uruguai o consumo de carne anual per capita é de 46,4 quilos seguindo-se a Argentina com 40,4 já no campo de povos esquecidos por Zeus encontramos o Gana onde esfaimados sem esperanças se limitam aos setecentos gramas de Janeiro a Dezembro só ultrapassados pela Índia que só consegue chegar a um modesto meio quilo em igual período de tempo.

Para quem gosta de ter uma mais ampla visão do problema e tem suficiente paciência para comparar dados da OCDE abaixo poderá observar como a injustiça se distribui pelo Mundo.

Consumo-carne-mundo-OCDEEnquanto no planeta uns se levantam da mesa empanturrados com bifes do lombo nadando num oceano dum bem condimentado molho de natas ou suculentos hamburgers culinariamente churrascados com mestria outros só provam magras fatias de bovino quando o rei faz anos ou alguma alma caridosa lhes deu uma esmola mais gorda que permitiu um banquete de alguns gramas para num prato não muito grande fazer companhia a uma montanha de arroz para num inesperado dia de festa conseguirem encher o faminto estômago que têm. A mim mesma perguntava se esta desequilibrada repartição ainda poderia ser agravada por quaisquer inesperados factores que alterassem as escravizantes leis do Mercado. Desesperadamente as há. Impostas pela Mãe Natureza. E pelas criminosas e estúpidas políticas de ditadores que matam à fome milhares (por vezes milhões…) de cidadãos inocentes que caíram nas garras de ferozes ideologias eticamente assassinas de triste memória ou repugnante actualidade.

Venezuela FOME - Google Images - www.noticias.r7.com - Refª 20190325130126zfwscdvr5q0t4k9tfoVenezuela – Fome – Seres humanos catando restos de comida no lixo despejado por um supermercado – FOTO: Google Images – http://www.noticia.r7.com – Google Images – http://www.noticia.r7.com – Refª 20190325130126zfwscdr5q0t49tfo.

As loucuras dum doido

                         A luso-venezuelana professora universitária doutora Fátima Pontes Loreto que faz parte do Conselho das Comunidades Portuguesas numa recente declaração à Agência Lusa definiu a desumana dimensão da crise económica causada pela incompetência governativa do ditador comunista Nicolàs Maduro associada à sua paranoica teimosia em não abandonar o Poder e auscultar em eleições VERDADEIRMENTE livres e internacionalmente acompanhadas o pensar da população ao regime político como querem ser governadas e não viver num regime em que o lixo que ela despeja no final do dia é devorado em escassos minutos por cidadãos que matam a fome com restos de hortaliças, frutas e tudo quanto possa ser engolido, perversos efeitos pela pavorosa escassez de alimentos à venda nos supermercados ou pelos exorbitantes preços dos mesmos devido a uma inflação que quase a zero lhes reduziu o já de si fraco poder de compra.

Recordando com saudade uma infância e juventude felizes naquele país sul-americano riquíssimo em petróleo lastima que agora a Venezuela se tenha transformado num país pobre, muito pobre, tão pobre que uma FOME generalizada assombre todas as regiões da nação, de Norte a Sul sem qualquer excepção. Sem papas na língua e com uma notável coragem a doutora Fátima Pontes Loreto acusa Maduro dum populismo barato ao usar a tática comunista de desviar a atenção de quem sofre culpando os Estados Unidos por todos os males que ele próprio causou e continua a causar quer pela fome quer pelo elevado número de mortes de que é responsável quando as forças policiais e militares sob o seu comando e por ele instigadas assassinam a tiro pacíficos manifestantes que aos milhares enchem as ruas e avenidas cansados de tanto sofrimento derivado da sua demencial governação.

Mais informou que não é já possível andar nas ruas depois das seis horas da tarde porque os assaltos, roubos e assassinatos são moeda corrente e este mal-estar tem sido agravado pelas contínuas faltas de luz tendo-se chegado ao ponto limite de até do consulado de Portugal em Caracas terem roubado os telemóveis, todo o dinheiro existente e tudo que tivesse valor para ser vendido nas ruas nos dias seguintes.

Embora Nicolàs Maduro ameace continuamente os professores que, pela sua cultura e capacidade de análise, desmascaram os embustes e armadilhas dos seus discursos na televisão ameaçando baixar-lhes os salários tanto ela como a maioria dos seus colegas são partidários e defensores de Juan Guaidó, o autoproclamado Presidente interino da Venezuela, que luta por um país onde a Democracia volte a respeitar os Direitos Humanos para todo o povo venezuelano a quem Maduro no cúmulo da sua despótica tirania oligárquica proibiu a entrada das ajudas alimentares oferecidas por vários países ordenando até que as mesmas fossem queimadas. Deixo-vos com uma pergunta: por onde anda António Guterres e qual a razão pela qual a Nações Unidas hibernaram e não fazem nada?

Beira - Furacão - FOTO Google mages - Refª www.g1.globo.com - 2018032613477476922720Moçambique – Cidade da Beira 90% destruída pelo Furacão IDAI – Mortos e feridos, desalojados e desaparecidos em número crescendo hora a hora. Fome. Desespero. Desolação. Situações absolutamente indescritíveis FOTO: Google Images – Refª http://www.g1.globo.com 201903261\347747692270

Confesso…

                        Estultícia seria da minha parte tentar sequer dar umas pinceladas de texto para descrever tão gigantesca como desumana tragédia. Deixo uma pergunta: Natureza: Mãe ou madrasta? Sinto-me literariamente incapaz de analisar a frio este drama que atingiu todo um povo. Pouco valho. Confesso…

Pio XII - FOTO Google Images - www.rtp.pt - Rfª 201903145198ad39e61c8924c0df7eb522765bdbd8bd8bdCardeal Eugenio Pacelli – Futuro Pio XII – Núncio apostólico em Berlim em plena era nazista vigente na AlemanhaFOTO: Google Images – http://www.rtp.pt – Refª 201903251451ad39e61c8824c0df7eb522765

                        Declaro-vos com toda a sinceridade que desde os meus dez anos de idade o problema religioso deixou totalmente de me interessar. Se as grandes seis religiões (Cristianismo, Islamismo, Ateísmo, Hinduísmo, Folclóricas, Tradicionais) ocupam zero dos meus neurónios as outras quinze (do Xintoísmo ao Zoroastrismo) nem faço a mínima ideia do que sejam. Mais vos digo. Não foram os mais célebres e respeitados filósofos gregos da minha predileção que me esvaziaram a alma (se é que a tenho…) de qualquer fé. Nem Tales de Mileto, nem Anaximandro ou Heráclito, Parmênides, Aristóteles, Demócrito, Platão ou o grande Sócrates me buliram com a arquitetura do meu Pensamento. Quem da noite para o dia me dissolveu qualquer dúvida foi a senhora Maria Natividade da Silva Belo piedosa e digníssima catequista na Igreja de S. Mamede em Lisboa.

Vale a pena contar.

Nasci em 1947 saído do ventre materno pelas hábeis mãos duma parteira que sem grandes complicações ia a casa das clientes para fazer o trabalho. Na casa onde cresci e vivi até me casar na Conservatória do Registo Civil com o homem da minha vida e pai dos meus seis filhos que, como eu, não dava a mínima para qualquer dúvida ou certeza no que toca a parâmetros de fé.

O lar familiar onde na infância aprendi que a Terra é uma bola redonda que em cada volta que dá muda a face das coisas era num quarto andar sem elevador num prédio ensanduichado entre a opulenta mansão do senhor Carlos Ramires dos Reis que na época (anos quarenta) era o Dono Disto Tudo, milionário até dizer chega, e um imóvel de dois amplos andares da Família Belo assumidamente católicos-praticantes-apostólicos-romanos de missa e comunhão diárias, terço em família, novenas e obras pias quanto baste. Meu pai ganhava bem com um escritório de Import-Export que o obrigava durante o ano a viajar até Londres para tratar de negócios. Grande admirador da democracia inglesa defendia a tese, que se discutia em opíparos jantares entre amigos, que Satanás comparado com Salazar era um anjo com asas nas costas. De muito cedo comecei a perceber que a Liberdade é um bem supremo e que as ideias têm mais força que o poder de fogo das armas.

Situemo-nos na época. Salazar e Cerejeira haviam cimentado uma amizade que vinha desde os tempos em que ambos estudavam em Coimbra que, mais do que uma cidade de província, era uma verdadeira fábrica de doutores. Salazar (o “Botas” de Santa Comba como meu pai desdenhosamente o chamava) queria obrigar-nos a viver num país rural. Cerejeira, cardeal como Pacelli, tudo fazia para sermos abulicamente um povo cristão, católico, temente a Deus e aos bons costumes. Divórcio nem vê-lo. Homossexuais cadeia. Intelectuais desafinados com a partitura única fazer-lhes a vida negra.

Quando fiz dez anos minha mãe, católica mais ou menos, mais menos que mais, limitava-se à Missa do Galo no Natal e a dois santinhos na cabeceira dormindo na caixa da costura. Depois duma acesa e demorada batalha verbal com meu pai conseguiu que ele deixasse que eu fosse para a catequese de S. Mamede para “aprender a ser uma boa menina”. Mal entrei logo detestei a pouca luz da igreja, um cheiro desagradável ainda hoje não sei de quê e o ar virginal e seráfico da Dona Maria Belo que falava baixinho “para não acordar o Menino Jesus que dorme no sacrário no meio do altar”. Foi a primeira dúvida que envinagrou a lavagem ao cérebro em curso. Se a catequese era das cinco até às seis da tarde ou o Menino Jesus era preguiçoso ou estava doente. Pensei, mas calei-me.

Alguns meses passados vaticanicamente ocupado em tão pias como chatas tardes a estocada final que matou não só o meu interesse pela religião como semeou uma revolta interior e muda contra um dogma que a catequista nos havia ensinado com uma certeza na voz que era mais uma ameaça do que uma ideia bem estruturada e plausível: “A única religião verdadeira é a católica-apostólica-romana, todas as outras são mentirosas e falsas e quem as praticar vai direitinho para o inferno para arder nas chamas que o Diabo tem para castigar os ateus”.

O problema é que meu pai nos tinha contado à mesa que se os parceiros ingleses conseguissem fechar um chorudo negócio com a China e com a Índia a nossa vida iria melhorar porque eles são quase tantos milhões como as estrelas que brilham no céu. Logo, raciocinando a frio, como podia a Dona Natividade impingir-nos que “Deus é amor” quando sem culpa nenhuma milhões de inocentes iriam ser queimados no inferno só por seguirem outra religião? Quando me disseram que iríamos fazer a primeira comunhão disse ao meu pai que não queria tal coisa porque por isto mais aquilo já não acreditava em nada do que na igreja nos ensinavam. Minha mãe baba e ranho chorou. Meu pai decretou: “a miúda está certa e a partir de amanhã acabou a catequese e quando ela atingir a maioridade decidirá o que lhe apetecer fazer. Contra vontade dela é que não…”. Quando comecei a namorar um colega na universidade tive a sorte dele concordar a cem por cento comigo. Foi o início duma felicidade que só um estúpido desastre de automóvel conseguiu acabar.

Auguto Cid - Caricatura - Colecção - ParticularAugusto Cid – Um Homem – No meio duma emporcalhada pocilga política de ratos – Um exemplo – Uma saudade – Caricatura de colecção particular.

                        Na última edição da Tribuna a minha amiga desde os bancos da Primária até à Universidade, a Tininha (Christiana Silveira Godinho) no seu texto “Uma semana negra” referiu-se a um nosso amigo comum o Cid, companheiro de lutas quando nós três, por convite dessa grande e corajosa combatente pela Liberdade que foi a Vera Lagoa, nos juntou nas marchas e manifestações que desfilaram avenida abaixo contra as pérfidas manobras dos comunistas a soldo de Moscovo. Um Leitor devidamente identificado enviou um mail a protestar por o artigo não ter referido alguns dos mais nobres actos que o Cid praticou. A pedido do companheiro Richard (Lencastre) termino o artigo que estava a escrever colmatando factos importantes que nós também, devo confessar, em absoluto desconhecíamos.

Acrescentamos.

Ao Cid se deve, muito para além da luta política que (na sombra da sua modéstia) travou na defesa da nossa actual Liberdade uma contínua, intransigente, corajosa e determinada vontade de descobrir quem na verdade havia sido responsável pela morte de Sá Carneiro e Amaro da Costa. Contra a conclusão oficial de que ocorrera um simples acidente Cid batalhou, iniciou, investigou de 1981 até 2015 acabando por descobrir que na realidade tanto Sá Carneiro como todos os ocupantes do avião tinham sido, fria e cobardemente, assassinados por uma bomba colocada a bordo programada para explodir poucos minutos depois da aeronave ter levantado voo.

Depois de várias ameaças, veladas ou claras, para o calar a honestidade de Augusto Cid haveria de ser posta à prova perante uma “gentil” oferta da RTP para ele ir trabalhar para Paris tendo-lhe sido entregue um cheque para depositar na sua conta bancária depois de o preencher com o número de zeros que muito bem entendesse. Era um engodo. Cid foi a Paris para auscultar qual o tipo de trabalho que deveria exercer verificando in loco que não passava dum exílio dourado só para o amordaçar.

Regressou de imediato a Lisboa, devolveu o cheque e empreendeu no jornal “O Diabo” a convite da Vera Lagoa o resultado das suas investigações que desmentiam a cem por cento as divulgadas pela Polícia Judiciária que insistia na tese do acidente.

Augusto Cid não era rico, vivia do seu trabalho e tinha família para sustentar. Não conheço muitos homens que tivessem a Dignidade deste Homem que, para respeitar a Verdade, recusou tornar-se milionário, protegido pela mafiosa oligarquia política e sem quaiquer preocupações no futuro.

Muito pelo contrário. Pagou do seu bolso uma deslocação aos Estados Unidos para adquirir os melhores livros, compêndios e estudos sobre acidentes na descolagem de pequenas aeronaves entrevistando reputados peritos de Aeronáutica de craveira internacional que lhe confirmaram as suas bem estudadas conclusões. Tornou-se assim num abalizado e actualizado conhecedor deste assunto. Nunca se amedrontou cedendo às pressões contra ele exercidas pela Judiciária nem mesmo quando lhe apontaram o risco de vir a ser preso por causar um “distúrbio social” com as suas conclusões. Não encontramos na nossa desacreditada classe política, manchada por sucessivos escândalos normal e geralmente impunes, homens que se possam ser equiparados ao Homem que foi Augusto Cid que, a nosso ver, podemos classificar como uma espécie politicamente em vias de extinção.

Aqui deixamos a rectificação cientes de que muito mais haveria para dizer. Mas o espaço e a paciência dos Leitores por certo já devem ter chegado ao fim…

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Disclaimer 

Um Jornal de Combate totalmente independente, um Blog revolucionário, “fora do catálogo”, sem patrocínios de qualquer natureza ou espécie que controlariam a nossa independência intelectual que em todos os aspectos é legal e rigorosamente de carácter político (essencialmente humorístico) que só se publica quando há qualquer assunto importante que valha a pena debater, eticamente recusando dar à estampa mentiras que agora no politicamente correcto se chamam “inverdades”, tudo escalpelizado ao milímetro com o bisturi da inteligência por colaboradores pro bono na sua maioria emigrados nos quatro cantos do Mundo (empresários, gestores de topo, professores universitários, etc) mas muito mais actualizados sobre o estado real do nosso país do que muitos que andam por aí e só leem jornais desportivos, discutem futebol no emprego e o único meio de conhecerem a realidade do Portugal de hoje é assistirem aos telejornais cada um pior do que o outro…

Leia. Critique. Divulgue.

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Uma Semana Negra

Texto:                          Christiana Silveira Godinho

Layout:                       Jorge Manuel Seabra de Melo

Pesquisa gráfica:       Sandra de Oliveira Oneto

USADO Antonio Boto Ferreira Fernando Pessoa Gomes Raul Leal Martinho Arcada Arquivo DNAntónio Botto – Da direita para a esquerda: Fernando Pessoa, Augusto Ferreira Gomes, António Botto, Raul Leal e outros dois amigos no Martinho da Arcada. Fotografia publicada em Dezembro de 1928, num artigo do “Notícias Ilustrado” (Arquivo DN).

Ingratidão, escárnio e Mal Dizer…

                   Por onde começar? Voltar a fustigar os diversos rostos do Terrorismo? Insistir ad nauseam no perigo terrível do crescimento do fantasma da Extrema-Direita? Lacrimejar sobre mortos e feridos, desgraças, tufões, desabamentos, tsunamis e outras notícias de nos porem os cabelos em pé? Carpir os perigos das Redes “Suciais”, os dislates das Fake News ou as até aqui falhadas tentativas dos socialistas de “Costa & Seus Amigos, Cúmplices e Afilhados / Sociedade Anónima de Irresponsabilidade Ilimitada” conseguirem dominar a Comunicação Social, a Procuradoria-Geral da República, os juízes, o Tribunal de Contas e o Constitucional mais tutti quanti que não se deixam enganar por uma descarada propaganda estilo Joseph Goebbels adaptada aos desgraçados tempos que correm? Pensámos e repensámos. E em consciência decidimos começar pela Fome.

Recuámos no Tempo e no Espaço (graças ao sapiente Albert Einstein) ao tristemente fúnebre dia 16 de Março do Anno Domini de 1959 em que exilado e esquecido no Rio de Janeiro faleceu António Botto um dos maiores poetas que a pátria ingrata gerou.

António_Botto,_Canções,_2nd_edition

Botto, (política e profissionalmente perseguido durante a ditadura rural, míope, obscurantista e castradora do Pensamento Livre pelo beato António de Oliveira Salazar) vítima duma homossexualidade assumida em procelosos tempos de caça às bruxas por hordas de moralistas frustrados ao ser demitido de funcionário público por “actos atentórios à Moral e aos Bons Costumes” proclama alto e bom som aos quatro ventos para quem o quisesse ouvir: «Sou o único homossexual oficialmente reconhecido no País.». Acossado por todos os lados emigra (foge) para o Brasil onde uma impiedosa amante com ele se deita todas a noites nos miseráveis quartos onde esconde a sua miséria, amante de nome e apelido Maria Perpétua da Fome. Sim, caro Leitor, Botto foi aos poucos morrendo de fome vegetando sob um tropical Sol carioca até desaparecer do rol dos vivos sem honras nem glória.

Hoje, cinza, pó e nada, é reeditado, reconhecido como o fabuloso poeta que sempre foi, um intelectual de mérito reconhecido por Fernando Pessoa que apesar de tudo e de todos o admirava e nunca lhe recusou compreensão, amizade e, sobretudo,  companheirismo e incondicional aceitação.

A Semente do Diabo

A Terrorista Nova ZelandiaAnders Behring Breivik – Terrorista sueco que em 22 de Julho de 2011 fez explodir uma carrinha no centro de Oslo partindo de seguida para a ilha de Utøya onde a sangue assassinou frio setenta e sete membros da Juventude do Partido Trabalhista Norueguês ali acampados. FOTO: Google Images – Refª 201903161547 -www.globo.com / noticia /Agosto 2014

                            Terá sido 2011 o ano em que a Semente do Diabo despontou para a vida e começou a sua satânica missão de espalhar o Terror de mãos dadas com o Medo, a Angústia, a Desolação e a Morte? Voltemos a recuar no Tempo. Sigamos o erudito ensinamento de “Se queres antever o Futuro estuda o Passado” irmão gémeo do sábio conselho do romano Flávio Vegécio “Si vis pacem, para bellum” que traduzido em linguagem Tuga Vulgaris significa “Se queres Paz, prepare-se para a guerra”. Por certo o erudito Leitor já teve a intuição de que o Terrorismo não é de modo algum um filho do século passado. O monstro parido pela Semente do Diabo (tal como a antiga publicidade ao Brandy Borges) “Já vem de longe”. Com outro nome é claro…

 Foi em 28 de Junho de 1914 que em Saravejo o arquiduque Francisco Fernando, herdeiro do Império Austro-Húngaro e sua esposa, a duquesa Sofia de Hohenberg foram assassinados por uma clandestina organização nacionalista sérvia (a Mão Negra) mortos a tiro por Gavrilo Princip. O arquiduque e a mulher já haviam escapado antes a um primeiro atentado por bomba que falhou por ter atingido um alvo errado

 Nesses conturbados tempos que deram origem à Grande Guerra de 1914-1918 a palavra que definia os executores destes crimes era “bombistas” tendo proliferado inúmeras explosões em Lisboa na sequência da implantação da República em Outubro de 1910. Um dos mais famosos foi o João Borges que acabaria a explorar em liberdade um popular restaurante no Parque Mayer paredes meias com o Teatro Maria Vitória. Se a História era parodiada entre os estudantes como “Uma sucessão de sucessos que se sucedem em cessar” pode-se dizer que os atentados bombistas acompanharam o progresso das armas letais acabando no actual “Novo Terror” comandado por Osama bin Laden posteriormente seguido pelo DAESH executor de homicídios altamente sangrentos onde a barbárie das degolações se pode (e deve…) classificar como verdadeiros “Crimes contra a Humanidade”. Donde, novos tempos, novas definições, a palavra “Terrorismo” seja uma constante diária quer para relatar o parisiense massacre do “Charlie Hebdo” até ao 11 de Setembro de 2001 contra as Torres Gémeas em New York.

A morte como sublimação da loucura

Atentado Nova Zelandia - FOTO Google Images - Reuters - Refª 20190318154681607366

Nova Zelândia – O crime de se ser muçulmano – O estigma de usar burka – A supremacia de ter nascido de pele branca com direito a comprar armas automáticas como quem adquire uma garrafa de vinho. FOTO: Google Images – Reuters – Refª 20190318154681606366

                            Cinquenta inocentes seres humanos barbaramente assassinados por um neo-nazi fanático apóstolo da ideologia defensora da Supremacia Branca sobre todas as raças de outra cor de pele que de se deu ao luxo de poucos minutos antes da chacina enviar para a primeira-ministra uma publicação de sua autoria defendendo os seus pontos de vista justificando o hediondo crime que iria praticar.

Terrorista - Nova Zelândia - Brenton Tarrant - FOTO Expresso Online - Refª 201903161427Brenton Tarrant – Discípulo de Nero que ordenou uma das mais feroze perseguições aos cristãos que viviam em Roma acusando-os de terem ateado o incendio que destruiu grande parte da cidade quando relatos insuspeitos provam que havia sido o já demente imperador a ordenar tão criminoso como insensato acto. Tarrant grande admirador de Hitler preparou a sua depuração racista para libertar a Nova Zelândia da presença de muçulmanos que, pela cor da pele e pela religião praticada não tinham direito a viver num país de maioria branca e onde os residentes seguiam um credo religioso diferente. Duma certa forma achava-se um Heinrich Himmler australiano e um Adolf Eichmann do século XXI. – FOTO: Google images – Expresso Online – Refª 201903161427

Nem tudo é canalha

Augusto Cid - FOTO LUSA - Refª 20190315113720120927-15055090Augusto Cid – Íntima e diariamente privei com Vera Lagoa, João Coito, Adelino Alves e Augusto Cid pelo envolvimento de meu falecido marido com esses valorosos  jornalistas nas batalhas pela Liberdade durante os conturbados tempos do PREC em que o Cid foi um dos poucos intelectuais que não se acobardou e de cara levantada e peito destemido enfrentou a tentativa do Partido Comunista de Álvaro Cunhal que cumprindo ordens de Moscovo pretendia a todo o custo sabotar os  nobres ideais da Revolta Militar do 25 de Abril para implantar entre nós um governo-fantoche às ordens da sanguinária URSS, uma ditadura com Polícia Política pior do que a detestada PIDE a par do aniquilamento de todos os partidos que os novos tempos haviam permitido nascer.FOTO: Google Images – LUSA – Refª 20190315113720120927/15055090

                            Do contacto mantido no decurso dessa verdadeira gloriosa batalha Augusto Cid desmascarou a intentona em marcha através duma arma fortíssima que é o ridículo que com os seus geniais cartoons zurzia num PC que tinha por missão concretizar o sonho de Lenin de ensanduichar a Europa entre a Ibéria e os Urais com governos-lacaios da URSS. Embora sem ampla atenção da Media que primou por um desavergonhado silêncio (com louvável excepção do Jornal i) muita gente de bem, patriota e portuguesa dos quatro costados primou por se despedir de Augusto Cid no dia da sua viagem em retorno possível para um Além que ninguém sabe onde fica e como será.

Entre os que se perfilaram na Basílica da Estrela com Dignidade, Nobreza e Honra se encontraram Alexandre Patrício Gouveia, o General Rocha Vieira, o Júlio Castro Caldas, o Paulo Sande, o Roque da Cunha Ferreira, o Nuno Van Uden, o José Luís Ramos, o Nuno Rogeiro, o Pedro Roseta e o oficial da Casa Militar em representação do Presidente da República. Notável o artigo de José Ribeiro e Castro no “OBSERVADOR” quer pela sinceridade da prosa quer pela finesse do estilo de que nos permitimos destacar uma frase que com uma cativante simplicidade diz tudo quanto de melhor se pode do grande Homem dizer: “Não tinha espada, nem pistola ou punhal. A única arma que esgrimia era o lápis ou a caneta de tinta-da-china. De mãos nuas, teve a serenidade e a fortaleza diante dos desafios, a rectidão de propósito”.

Permito-me acrescentar: antes de tudo e acima de tudo que Augusto Cid era um Homem Bom que cultivava a Bondade como a principal virtude da sua agitada vida. Sem alardes, dia a dia, semana a semana, mês a mês, ano a ano cumpriu uma norma que na infância lhe fora inculcada: “Faz sempre o Bem sem olhar a quem”.

Descer é fácil

corja - VER insuscentável etc

corja-II VER insuscentavel etcPolíticos de várias cores e feitiosFOTOS: Google Images -www.insuscentavel.pt –  Refª 201903182134

                            Uns não deixaram saudades. Outros estão a braços com a Justiça. Alguns andam por aí anichados em tachos com penachos de chorudos ordenados. Um ou dois ainda merecem algum respeito. Mas na generalidade a nossa classe política desprezada e desprestigiada vai-se impunemente arrastando de escândalo em escândalo, de chico-expertice em chico-expertice convencidos de estarem acima da Lei, de serem o novos Donos Disto Tudo podendo fazer o que lhes der na realíssima gana sem ligarem a mínima às sondagens que os deixam de rastos completamente esquecidos que descer é fácil difícil é subir…

A anedota da semana

Políticos - Jerónimo de Sousa - PCP - Google Images - FOTO João Porfírio - Observador - Refª 2019031813091q9a3558Jerónimo de Sousa – Czar do dinossáurico partido comunista tristemente ultrapassado na recente previsão da “Eurosondagem” pelo Bloco de Esquerda com 8,1% de intenções de voto contra 7,1% da CDU. FOTO: Google Images – Autor João Porfírio – Observador – Refª 2019031813091q9a3558

                            Em entrevista ao jornal “Público” (www.publico.pt) no dia 18 do corrente mês o venerável ancião Jerónimo de Sousa arvorando sempre o amável e afável sorriso que sempre lhe conhecemos ao ser questionado sobre se existe ou não uma democracia na Coreia do Norte imediata e compenetradamente perguntou: “O que é a democracia?”. Clara e indubitavelmente ficámos a saber que o afável, admirável e venerável ancião em absoluto desconhecia o que é este sistema político que como magistralmente Churchill a definiu “É a pior forma de governo, com exceção de todas as demais”. De há muito que suspeitávamos que o Amado Líder do PC não tinha a mínima ideia do que é de direito e de facto uma democracia. Logo se viu em 1974 que a “democracia” comunista se baseava em eleições de braço no ar para imediatamente se verificar quem seguia a linha imposta pelo partido e quem dela discordava ousando contrariar a verdade única a que todos tinham direito. Sem maldade nem astúcia suspeitamos que para o venerável ancião o conceito de Liberdade tem por base a igualdade de todos os cidadãos terem direito a umas férias pagas num Gulag qualquer depois de democraticamente terem sido presos por uma Gestapo qualquer, julgados por um qualquer Tribunal Popular sem direito a advogado de defesa. E, caros Leitores, gostaria de ver a cara dos que ainda votam no Partido Comunista se ele ganhasse eleições e chegasse ao governo quando lhes tirassem as casas, apropriado dos terrenos que cultivassem e nacionalizassem a loja de que seriam proprietários para angariarem o pão de cada dia.

Gostava de ver, palavra de honra que gostava…

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Leia. Critique. Divulgue.

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Cair de Maduro…

Texto: Ilse Marie Cottinelli Milhazes

Layout: Jorge Manuel Seabra de Melo

Pesquisa gráfica: Sandra de Oliveira Oneto

Ele aí está…

Pai Natal - FOTO Google Images Refâ 2019030314031511543653461

Ele por aí esteve. O nosso querido velhinho, o Pai Natal de todos os anos, o Pai Natal de sempre. Natal! Natal das rabanadas. Das filhós. Do peru. Do vinho do Porto. Dos mil beijos, mil abraços, sorrisos de mil crianças felizes desembrulhando prendas, comendo guloseimas. Noite única. Noite para sempre gravada no nosso coração. Parece que foi ontem. Afinal “Março marçagão, de manhã Inverno e de tarde Verão” já aí está. Já nos bateu à porta. Pontual no calendário. Sem um segundo a mais. Sem um minuto a menos. Como foi o vosso primeiro trimestre? Bom? Mau? Assim a sim??. Vamos a ver como dizia o cego… FOTO: Google Images – Refª 2019030314031511543653461

Aliança - Google Images Refª 201902172236 - www.ephemerajpp.com - 20190215Aliança – Um partido novo ou mais um com as mesmas roupas velhas e as mesmas ideias mascaradas? FOTO: Google Images – Refª 20190217226 – http://www.ephemerajpp.com

Mais um emigrante. Santana Lopes, popularmente conhecido como o “Menino Guerreiro” (e também como o “Santana Flopes”…), despediu-se dum PSD escavacado pela pouca ou nenhuma perícia política de Rui Rio e mudou-se de armas e bagagens para o novo partido “Aliança” que, em vez de “Às Direitas”, parece que começou com o pé esquerdo com um vice a contas com a Justiça de absoluta certeza que não por andar a dar milho aos pombos no Rossio…

Rui Rio - FOTO Google Images - Refª 1288086 - FOTO Luãs Forra - LUsa - www.publico.pt - Refª 201903031511Rui Rio – Caindo semanalmente nas sondagens de degrau em degrau, tropeção em tropeção, o outrora respeitado partido de Sá Carneiro virou piada nos mentideros de Lisboa com impante satisfação do guru Kosta perante uma Oposição fraca para não dizermos inexistente. Rio um político estruturalmente inábil já gozado nas redes sociais e entre o povo simples que anda por aí como o culpado por o PSD ter deixado de ser o respeitado “Partido Social Democrata” para da noite para o dia se ter transformado no “Partido Socialista Dois”…     FOTO: Luãs Forra – http://www.publico.pt

mw-680Marcelo Rebelo de Sousa – No primeiro trimestre do ano Marcelo deixou de ser popular e carinhosamente cognominado como “O Beijoqueiro” para acabar actualizado como “O Vai a Todas”. E vai mesmo. Consta até (será verdade?) que foi a um velório e conseguiu chegar à igreja antes do morto. Gente maldosa… FOTO: José Carlos Carvalho – Google Images – Refª  201903021839 – Expresso Online – Refª 201802172139jcc

Carlos Costa - FOTO Gustavo Bom - Global Imagens - www-dinheirovivo.pt Refª 20190303154418911948FOTO: Gustavo Bom – Global Imagens – http://www.dinheirovivo.pt -Refª 20190303154418911948

Carlos Costa –  Jurando pelas alminhas e por tudo quanto há de mais sagrado que não tem culpa nenhuma por o Banco do Estado (“Caixa Geral de Depósitos”) ter emprestado a socialistas com as quotas em dia, amigalhaços do peito, amantes de ministros ou primas de chefes de gabinete, mais traficantes de delito comum inscritos na “Associação de Beneficência Financeira de Sócrates, Vara & Cúmplices Associados” milhões em cima de milhões por falcatruas que acabam sempre por serem pagas pelo Tuga Vulgaris Linnaeus o Trouxa Pagante espremido pelas “Finanças do Centeno das Cativações” que ganhou o “Prémio Internacional de Coveiro do Sistema Nacional de Saúde” graças ao truque de, no Orçamento, “conceder” mil milhões de euros para os hospitais e depois só lhes “dar” setecentos porque já “escondeu” trezentos na gaveta das poupanças “salvadoras” para assim nos criar a ilusão que está tudo bem menos termos que esperar mais de um ano para sermos operados às cataratas do olho direito porque se for um olho da esquerda é logo na semana seguinte. 

Políticos - Mariana Mortágua - BE - FOTO Google Images Refª 201901271924 www.tribunaalentejo.ptMariana Mortágua – FOTO: Google Images – Refª 201901271924- http://www.tribunaalentejo.pt

Jovem elegante, bela e atraente (análise burguesa…) deputada do sinistro Bloco de Esquerda, partido comunista assanhado liderado pela actriz profissional Katarina Martins e adversário político no universo marxista liderado pelo PC do respeitável ancião senhor Jerónimo de Sousa, uma rapariga tão inteligente que se está a doutorar pela popular “Pyongyang University of Foreign Studies” na “República Democrática” da Coreia do Norte do actual Líder Supremo Kim Jong-un, filho do Líder Supremo Kim Jong-il por sua vez filho do Líder Supremo Kim II-ung (“Monarquia Kim+Kim+Kim” também internacionalmente conhecida como o “Reino dos Três Kins”) perdão caros Leitores, mil perdões, milhões de desculpas, houve um engano, um erro grave, um erro imperdoável, a jovem elegante, bela e atraente deputada do sempre em bicos dos pés Bloco de Esquerda afinal não se está a doutorar por uma universidade comunista porque de tão inteligente que é (além de elegante, bela e atraente) optou democrática e livremente pela “School of Oriental and African Studies” uma famosa universidade capitalista que é paga em libras esterlinas e não é nada barata sendo frequentada pelas Elites inglesas, filhas e filhos de banqueiros, deputados, milionários, etc, dentro daquele conceito de que “quem pode é que apresenta”. Felizmente dizem por aí que a nossa querida Marianinha pode…

Francisco Louçã - FOTO Google Images - www.entreonadaeofinito.wordpress.com - Refªa 201903031751Francisco Louçã – Ai os manos querem sair, pois que saiam, raios os partam, ninguém os prende, ninguém os impede, porque a porta da rua é a serventia da casa… FOTO: Google Images – http://www.entreonadaeoinfinito.wordpress.com – Refª 201903031751

Pobre Louçã… Pois não é que vinte e seis filiados no Bloco de Esquerda entre eles Isabel Louçã e João Carlos Louçã irmãos do antigo Líder Supremo e Pai Fundador do Bloco abandonaram o clube desgostosos com o rumo que aquela pandilha estava a tomar e não concordando com a “chefa” da banda que, como abaixo se documenta, tenta afogar as mágoas não bebendo cicuta como Sócrates (o impoluto de Atenas e não o inocente arguido de Lisboa) mas com um copázio de verdasco bem fresquinho bom para limpar as ideias e afogar as mágoas.

Catarina Martins - FOTO Google Images - www.blasfemias.net - Refª 201903031827Katarina Martins – Actriz de pouco sucesso nos palcos expressando a sua profunda tristeza com o abandono dos vinte e seis kamaradas descontentes com as políticas que a Suprema Líder implementou refugiou-se na técnica de “lá vai mais um à nossa saúde” baseada no ensinamento filosófico de que tristezas não pagam dívidas e o que lá vai lá vai e o que não tem solução solucionado está como ensinou o Kamarada Mao que nestas coisas de traições era mestre. – FOTO: Google Images – http://www.blasfemias.net – Refª 201903031827 

 

Henrique Raposo - Google Images - FOTO www.expresso.pt - Refª 201903041042mw-860Henrique Raposo – Cronista do “Expresso” considerado ex aequo com Henrique Monteiro o nosso mais culto, lido e respeitado Opinion Leader do “Reino da Piolheira Decadente”. FOTO: Google Images – Refª 201903041107 – http://www.expresso.pt – Refª 201903041042 – mw890

Este notável intelectual de queirosiana verve chamou a atenção de quem gosta de andar bem informado para um pormenor que a muito boa gente deve ter passado despercebido: a voz de ácido ódio com que Katarina Martins, Amada Líder e vedeta principal no “Teatro Nacional do Bloco de Esquerda”, pronuncia a palavra “privados” ao referir-se a uma meritória classe de honestos empreendedores que garante a 85% da nossa massa trabalhadora o pãozinho na mesa para alimentar as respectivas famílias todos os dias em que o Sol decide nascer (que graças a Zeus ainda não pode ser “nacionalizado”). Seja em relação aos excelentes hospitais privados que têm colmatado as falhas e deficiências que permitiram que o Serviço Nacional de Saúde ainda não tivesse implodido até às fábricas que garantem as exportações que evitam o colapso da nossa frágil Economia, passando pelas avançadas empresas tecnológicas que nos colocam quase a par do que de melhor, neste tão específico ramo, existe no planeta que todos nós habitamos. Este ódio visceral ao Capitalismo que, mesmo sendo tão satanicamente perverso, explorador e mau, transformou a paradisíaca falecida União Soviética, essa maravilha que garantia penúria de bens para todos os trabalhadores, uma impecável ordem social graças aos cuidados “pedagógicos” do KGB e às férias gratuitas nas estâncias balneares do siberiano Gulag, na democracia imperfeita de hoje em que todos (ainda que com Putin) se sentem seres humanos e não peças duma criminosa desenfreada trituradora máquina do Estado.

Para quem, como eu, que nasceu no estrangeiro filha dum inglês de Londres, Professor na Universidade de Cambridge e duma médica sueca especializada em Medicina Interna que se conheceram e instantaneamente se apaixonaram numas férias em Marbella difícil se torna compreender a política portuguesa ainda que casada há largas décadas com um alfacinha de gema nascido na Baixa Pombalina e doutorado na velha, mas sempre intelectualmente jovem, Universidade de Coimbra. A mistura genética que me corre nas veias me dificulta compreender racionalmente que depois do inglório colapso do Comunismo na actual Rússia, da queda do Muro de Berlim, do desaparecimento da ilusão do ultrapassado Marxismo em todo o Mundo só se aguentando AINDA na China (já com “desvios capitalistas autorizados”) em Cuba (com uns laivos de Capitalismo a despontarem) e na Coreia do Norte que é a nação onde os ideais comunistas sobrevivem à custa duma ditadura férrea e de morte, os portugueses ainda votem num PC que logo a seguir ao 25 de Abril tentou apoderar-se do Estado para substituir a bafienta ditadura salazarista por outra controlada e financiada pelo Kremlin e num katarinático BE que é um tutti frutti de ideais vermelhos, uma salada russa de microscópicos antigos partidos, um bitter cocktail que nasceu em 1999 numa aglutinação da União Democrática Popular (UDP – Marxista) do Partido Socialista Revolucionário (PSR – Trotskista) mais o minúsculo Política XXI (antigos dissidentes do dinossáurico PCP) posteriormente “absorvendo”  caquéticas relíquias dum fóssil MDP-CDE, dum MRPP em estado comatoso e mais alguns dispersos grupelhos de sonhadores independentes que se arvoravam capazes de reeducar o Mundo.

Neste confuso amálgama (onde ainda vegetam resquícios de criminosos bombistas amadores) se destacou alguns anos depois o sangue novo duma juventude idealista como as manas Mortágua sendo quem ganhou maior visibilidade foi a jovem elegante, bela e atraente Mariana (numa perspectiva 100% burguesa) que em setembro de 2016 urbi et orbi se celebrizou com sanguinolentas frases revolucionárias tais como “do ponto de vista prático, a primeira coisa que temos de fazer é perder a vergonha de ir buscar a quem está a acumular dinheiro” assim como, cereja em cima do bolo (“the cherry on top of the cake” para os intelectuais de serviço…) a descaradamente teimosa insistência de “Não podemos ter vergonha de ter uma política social deste género” !!!!…

Incrível é, quanto a mim, com ADN europeu, uma personalidade que se está doutorar numa muito selecionadora universidade inglesa nos vir propor que o Estado “vá buscar o dinheiro” a quem o investiu em grandes empresas, tipo supermercados Continente do falecido Belmiro de Azevedo, Pingo Doce da empreendedora família Soares dos Santos ou aos pequenos aforradores que criminosamente acumularam euros em pequenos, médios ou grandes depósitos a prazo ou acções cotadas na Bolsa. Para a fisicamente elegante, bela e atraente Mariana a solução de todos os nossos problemas (económicos, financeiros, sociais) passa pela simplicidade de transformar o Portugal democrático que temos hoje numa ferrugenta duplicata da Coreia do Norte onde famélica e miseravelmente sobreviveríamos amanhã. Felizmente que o Serviço Nacional de Saúde ainda disponibiliza consultas de Psiquiatria…

Assembleia da Republica the cherry on the cake (or on top)TO17330Assembleia da República – Local histórico (por vezes histérico…) onde os pais da pátria (palavra em vias de extinção) gozam de poderem almoçar, lanchar e jantar por meia dúzia de euros (refeições de custo real de uma centena ou mais) subsidiadas com os nossos impostos, que recusaram o inviolável controlo biométrico das presenças, mais o fim de algumas escandalosas, mas legais mordomias que toda a gente com repulsa conhece. FOTO: Google Images – Refª 201900041456 – http://www.empregosestagios.com

venezuela - FOTO Google Images - Refª 2019030422351548262136Venezuela – Num país riquíssimo em petróleo mal governado por um incompetente e ignorante criminoso presidente nipo-nazi-fascista-comunista que acabará por cair de maduro igual a todos os ditadores já desaparecidos o dramático desespero do povo roça na área do genocídio tudo se podendo resumir em três palavras: “NÃO  HÁ  COMIDA”. FOTO: Google Images – Refª 2019030422351548262136

A anedota do trimestre

Um florista vai ao barbeiro para cortar o cabelo. No fim pergunta quanto tem a pagar. “Nada” o Fígaro responde, “esta semana estou a cumprir trabalho comunitário sentenciado pelo tribunal”.

Na manhã seguinte ao abrir a loja vê no chão um lindo ramo de perfumadas rosas com um bilhete “grato pelo corte de cabelo grátis, o florista”. O primeiro cliente do dia era o merceeiro do bairro que no final fez a mesma pergunta e recebeu a mesma resposta. Na manhã seguinte o barbeiro encontrou junto à porta um elegante cabaz com três garrafas de vinho do Porto, três de champanhe e um presunto espanhol de porco preto tudo envolto em celofane transparente com um bilhete “Do merceeiro muito agradecido pela sua gentileza de ontem”.

Ao terceiro dia começou a cortar o cabelo ao dono da pastelaria do bairro com o final do costume “quanto lhe devo?” e a semanal resposta “nada porque…”. No dia seguinte reparou que no chão estava uma caixa muito bem embrulhada. Abriu e deu de caras com um enorme pão-de-ló de Ovar, uma dúzia de apetitosos macarons franceses, outra de brigadeiros de chocolate e uma embalagem de plástico cheia de ducheses de chantilly e um cartão “agradecendo o corte de ontem”.

No quinto dia apareceu um conhecido deputado do Bloco de Esquerda. Um espertalhuço especialista em negociatas duvidosas comprando prédios antigos em bairros degradados para depois os esvaziar desalojando os inquilinos idosos, transformando o imóvel em apartamentos que depois vende a estrangeiros por cinquenta vezes o preço da aquisição inicial, pedindo ao barbeiro um corte raso para ver se o cabelo lhe crescia mais forte. No final perguntou, com amalandrada voz de quem mendigava uma borla “será que por acaso tenho que lhe pagar alguma coisa?…”. É claro que saiu sorridente e feliz por não ter desembolsado absolutamente nada.

Na manhã seguinte, ao chegar à loja, o barbeiro nem queria acreditar no que os seus olhos estavam a ver: uma bicha enorme, enormíssima, enormérrima, tão grande que dava a volta ao quarteirão, com cento e quarenta e oito deputados para cortarem o cabelo na mira de não terem que pagar um simples um cêntimo que fosse …

Se pudéssemos exportar anedotas o cativante Centeno pagava todas as nossas Dívidas dum dia para o outro. O povo sofre, mas não perdoa.

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Disclaimer

“Tribuna do Diabo”

Um Jornal de Combate totalmente independente, um Blog revolucionário “fora do catálogo”, sem patrocínios de qualquer natureza ou espécie que controlariam a nossa independência intelectual, que em todos os aspectos é contitucional, legal e rigorosamente político (essencialmente humorístico) que só se publica quando há algum assunto importante para debater, eticamente recusando dar à estampa mentiras que agora no politicamente correcto se chamam “inverdades”, tudo escalpelizado ao milímetro com o bisturi da inteligência por competentes colaboradores pro bono na sua maioria emigrados pelos quatro cantos do Mundo (empresários, gestores de topo, professores universitários, etc.) mas muito mais actualizados sobre o estado real do nosso país do que muitos que andam por aí e só leem jornais desportivos no Metro, no emprego discutem futebol e o único meio de conhecerem a realidade do Portugal de hoje é assistirem aos telejornais cada um pior do que o outro…

Leia. Comente. Divulgue.

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