Chega de bater no “Chega”…

por Fátima Ferreira Fernandes

Jornal 100% independente

                            Em princípio o artigo deveria intitular-se “Venturas e desventuras do venturoso Ventura”. Mas a “Musa da Inspiração” que ingrata e egoísta tantas vezes nos falha de manso sussurrou que melhor seria, com mais impacto e maior força de penetração a simplérrima frase de “Chega de bater no “Chega”. Aceitámos a sugestão. E começámos.  Será um partido como os outros? Ou um leproso da democracia? Entrou à sorrelfa pela porta dos fundos? Ou cumpriu todos os preceitos legais, constitucionais, morais, sociais, raciais, etc e tal para se poder apresentar ao eleitorado, de forma soberana, de cabeça erguida, costas direitas e a olhar em frente? Feita a radiografia deste AINDA microscópico partido, estilo one man how, obrigados somos a concluir que, esculpido na pedra pelos hábeis artífices do Tribunal Constitucional, o tão vilipendiado Ventura vale o mesmo em direito a existir como todo e qualquer membro do Parlamento que, temo de tão desprezadamente degradado na Opinião Pública, mais valia ser classificado como “Paralamento” com todas a letras.

                            Me obriga a grilheta da honestidade intelectual a escarrapachar no frontispício do artigo que não morro de amores por este “Chega” que se me afigura que em próximas eleições vá chegar onde toda a já instalada classe política não quer que ele, contados os votos, acabe por chegar. Sinto-me um pouco como a minha filha mais nova, médica-analista, que embora não goste da urina tem, por dever de ofício, que a analisar. Vejamos. Mal surgiu na politiquice caseira logo o carimbaram de ser, perigosamente criminoso, um grupelho de Extrema-Direita. Uma borracha censória absolveu o “Chega” e mandou para os cafundós de Judas partidos que, na sua essência marxista-leninista-maoísta (comunistas & bloquistas), são acerrimamente contra a propriedade privada, contra a União Europeia, contra a NATO, contra a Declaração Universal dos Direitos do Homem, contra as Nações Unidas e contra tudo que cheire a Democracia, Liberdade e voto secreto. Comunistas e bloquistas, verdadeiramente lobos disfarçados com pele de cordeiro, estão encastrados na nossa “férrea” Assembleia com todas as liberdades que querem negar ao “Chega”. Convém não esquecer que tanto o Partido Comunista do paleolítico ancião Jerónimo como o Bloco de Esquerda liderado pelo psitacismo discursivo da anatomicamente “avantajada” Catarina louvam as democracias populares do democratíssimo Kim Jong-un da democratíssississima Coreia do Norte,

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assim como apatetados ditadores que, como o antigo Shelltox, matam que se fartam. Flagrante exemplo o imbecilmente ignorante e sanguinário Maduro que está a condenar à fome o povo venezuelano para se conseguir manter no assassino poder absoluto com uma risível caricata Revolução Bolivariana, fotocópia a cores dos felizes tempos da antiga União Soviética do “democrata” Estaline.

                            Proponho aos Leitores que pensem no seguinte. Vamos supor que André Ventura afirma no decurso da campanha eleitoral que se chegar a primeiro-ministro e tiver maioria absoluta (tudo é possível na luta da vida) promulgará uma lei obrigando todos os cidadãos a usarem um penteado patriótico de risco ao meio e o cabelo pintado de verde dum lado e do outro encarnado. E que um disparate deste tamanho é sancionado por uma esmagadora aceitação nas urnas. Tudo pode acontecer e desde termos tido um pobre maluquinho por primeiro-ministro (o comunista Vasco Gonçalves, o Muralha d´aço) porque não um demagogo populista a comandar as nossas não muito brilhantes vidas?

Só por ordens do paranóico Estaline nessa vil infâmia que foi o Gulag morreram vinte milhões de inocentes cujo único crime foi não concordarem com um perverso regime político baseado em prisões arbitrárias, julgamentos sem advogados de defesa, desterro para a gélida Sibéria para um Gulag que era uma máquina de morte pela fome, pelos trabalhos forçados, pelo frio glaciar que era pior do que um forno crematório ou um pelotão de execução.

Se juntarmos todas as vítimas feitas pelo Comunismo ensaiado no passado recente por todo o mundo com governos decalcados do padrão soviético o número total de assassinados em nome duma ideologia desumana é tão astronómico como inaceitável.

A melhor frase que conheço sobre este demencial regime político é a da autoria de Bertrand Russel que escreveu “os comunistas não amam os pobres, apenas odeiam os ricos”. Veja-se o ódio que espuma da boca de Jerónimo de Sousa e Catarina Martins quando atacam “os grandes capitalistas” ou seja os promotores das grandes empresas que geram trabalho, prosperidade e avanço nos níveis de vida. E é gente desta laia (comunistas e bloquistas) que se permite criticar o “Chega” cujas ideias também não são flor que se cheire, mas por muito péssimas que sejam nunca atingem os níveis de barbárie e desumanidade a que chegou o Comunismo quando teve capacidade para assassinar milhões de seres humanos só porque se recusavam a concordar com os algozes do punho fechado. Quem tem dois dedos de testa e sabe pensar uma só ideia resume o seu Norte político: Comunismo nunca mais…

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Honestidade precisa-se

                            A mais do que ordinaríssima deselegância do Costa ao despedir por telefone o respeitado Juiz Conselheiro Vítor Manuel da Silva Caldeira por este, por imposição das suas funções, ter criticado uma lei vergonhosa e iníqua vomitada pelo PS que, sob o pretexto de, devido à pandemia, acelerar os contratos feitos pelo Estado duma forma de tal maneira despudorada que escancaravam a porta a mil possibilidades de conluio, distorções na concorrência, cartelização e, acima de tudo, uma enorme e descarada porta aberta à mais desavergonhada corrupção que se iria banquetear com os milhões vindos de Bruxelas para melhorarmos o nosso eternamente atrasado  país. Se somarmos a este crime legal (apadrinhado pela apatetada sabujice de Rui Rio que se tem comportado como um verdadeiro capacho do Costa e incompreensivelmente pelo Presidente Marcelo que alinhou nesta verdadeira asneira) mais o escândalo do “Familygate” em que a mulher do ministro A é nomeada para chefe de gabinete do ministro B e assim por diante até enquanto houver uma nesga para albergar o filho deste, a amante daquele mais as sobrinhas, primas e netos da pandilha socialista  num corrupio de boys e de girls à procura de tacho e penacho. Será possível ainda descermos mais baixo?…

================================================================Ruteiro

por Rute Alvelos

O Jornal “EXPRESSO” a quem a “Tribuna”  dá os parabéns pelas 2.500 edições da sua longa vida tem, todas as semanas, uma página dedicada à Gastronomia mediante visitas a restaurantes para aferir da sua capacidade de bem servir e, assim, avisar o leitores para o frequentarem ou, então, nem lhe passarem à porta.

Na “Tribuna” temos uma abordagem diferente. Todos os meses três especialistas nesta matéria (Richard Lencastre publisher e gastrónomo de pergaminhos firmados, Christina Mayer doutorada por uma universidade espanhola em “Ciencias Alimentarias” e Maria da Assunção Andrade, autora de várias obras sobre esta matéria (nenhuma ligação com a ex-presidente da AR Maria da Assunção Esteves) analisam um restaurante na moda e no final do ano elegem o que de melhor encontraram no cumprimento dos pontos basilares da indústria da restauração.

Por unanimidade foi considerado actualmente o melhor de Portugal o abaixo indicado com todas as referências para uma fácil identificação.


                         Não é só a maravilhosa comida, o peixe fresco, pescado no decurso da noite. É o ambiente. É estar sentado à mesa com o mar aos nossos pés, quatro metros abaixo da janela onde o ar salino nos acaricia o rosto. São os cardumes que num mar cristalino nos visitam aos magotes gulosos dos nacos de pão que lhes atiramos da janela. É a luz. É Troia do outro lado da serra. Serra que nos inebriou numa estrada ornada de verdes com o centenário convento a espreitar a paisagem. É a descoberta do Portinho um pedaço de chão irmanado com o oceano verde-esmeralda a dar-nos as boas vindas com os olorosos requintes da Mãe Natureza.
Culminando tantas maravilhas recebe-nos um pessoal ainda não contaminado pelo turismo de massas, gente da terra, autêntica, com um rasgado sorriso que não foi aprendido e ensaiado na “Escola de Hotelaria do Estoril”, mas que logo nos fazem sentir “da casa”, num familiar repousante à vontade sem códigos sociais que tantas vezes nos intimidam nos chamados restaurantes de cinco estrelas Michelin.

Nunca vimos, mesmo nos melhores restaurantes nacionais e internacionais, as mesas já prontas para podermos escolher, mas protegidas com campânulas de acrílico para as protegeram de qualquer grão de poeira.

Mais do que mero profissionalismo nos deslumbrou a simpática atenção de ao aperceberem-se no decurso do almoço que um dos clientes fazia anos lhe serviram a sobremesa escolhida ornamentada com uma vela acesa para ele se sentir “em família”.

Prémio do Ano

atribuído por unanimidade

ao restaurante Portinho da Arrábida onde encontrámos algo que por vezes não sentimos nos sofisticados cinco estrelas que podem ter tudo, mas algo lhes falta: Calor Humano de quem nos atende.